Não consegui achar nenhum curso de graduação que satisfaça meus desejos, mas achei a pós em Neurociência. Das carreiras que me levam a essa pós, tenho interesse em Farmácia, Bioquímica e Psicologia. Detesto Matemática. Seria um erro optar pelo lado químico?
Enviado por Anônimo
Não seria erro “optar pelo lado químico”. Mas talvez você tenha uma visão um pouco equivocada sobre a Neurociência. Que relação você encontrou com a Matemática para fazer a observação de seu ódio a ela?
O estudo do funcionamento do sistema nervoso central e dos temas da Neurociência – em especial as capacidades de aprendizagem, a organização de informações, a memória, a manutenção e alteração de comportamentos e o controle e manifestação das emoções – pode ocorrer por diversos caminhos: desde sua estrutura básica (o cérebro e suas funções), a partir da Medicina (em especial a Neurologia e a Psiquiatria), passando pelo funcionamento e/ou disfunções eletrobioquímicas do cérebro, recuperação de funções perdidas por traumas físicos ou ocasionados por doenças, identificação de regiões no córtex cerebral responsáveis por determinadas funções (como a fala, a memória, a discriminação de informações etc), a relação entre os estímulos ambientais e o desenvolvimento da inteligência, o papel das emoções nas relações humanas. Enfim, há um enorme conjunto de temas a serem pesquisados e possíveis aplicações para tal conhecimento.
Além de Psicologia e Medicina, Farmácia, Bioquímica, Biofísica, Biomedicina eBiologia também podem representar seu ingresso neste importante e difícil campo do saber. Como primeiro passo escolha, o curso de graduação, identificando a forma pela qual você pretende abordar o tema.
Outra opção é fazer a graduação em Neurociência, oferecida pela Universidade Federal do ABC. O ingresso nesse curso, no entanto, ocorre por meio do bacharelado interdisciplinar de Ciência e Tecnologia.