Comissário de Bordo
Aeromoços e aeromoças são, antes de tudo agentes de segurança e devem saber agir em casos de emergência
Muito mais do que alguém que recebe passageiros no voo, o comissário de bordo é, antes de tudo, um agente de segurança. Deve, portanto, estar preparado e saber agir corretamente em casos de emergência.
É preciso ter conhecimentos em primeiros socorros, meteorologia, mecânica de aeronaves e segurança.
Os comissários de bordo também devem apresentar preparo psicológico, pois é parte de suas funções atender e tranquilizar os passageiros.
Um dos atrativos da profissão é a oportunidade de conhecer cidades do Brasil e de outros países. Mas os requisitos que devem ser cumpridos são bem exigentes: é preciso se formar em curso prático e teórico, além de ter o Certificado Médico Aeronáutico. Confira abaixo.
Mercado de Trabalho
Companhias aéreas podem contratar comissários de bordo que tenham 18 anos ou mais, desde que sejam formados no Ensino Médio. Porém, o mais comum é que profissionais na casa dos 20 anos sejam contratados.
Há algumas exigências em relação ao físico do profissional. Mulheres devem ter entre 1,58 m e 1,80 m de altura, enquanto os homens precisam medir de 1,65 m a 1,85 m.
O comissário precisa dominar, ao menos, o inglês, para conseguir atender bem os passageiros estrangeiros.
A faixa salarial varia de acordo com o tipo de voo. Para voos domésticos (ou seja, que só viajam a territórios nacionais), a média salarial fica em torno dos R$ 3.000, enquanto os comissários de voos internacionais podem receber até R$ 7.000.
Curso
O estudante que quer ser comissário de bordo precisa cumprir etapas para obter o Certificado de Habilitação Técnica (CHT): concluir o curso em uma escola homologada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil); ser aprovado no exame teórico da Anac; conclusão de estágio obrigatório; e obter o Certificado Médico Aeronáutico.
Curso de Comissário de Bordo
O primeiro passo é encontrar um curso em uma das escolas de aviação homologadas pela Anac (consulte aqui). A carga horária mínima exigida é de 138 horas-aula, o que equivale a aproximadamente cinco meses.
Apesar de relativamente curto, o curso é bem completo, com disciplinas teóricas e práticas.
Entre as disciplinas teóricas, estão conteúdos como leis trabalhistas, leis da aeronáutica, psicologia, conhecimento mecânico de aeronaves, segurança, primeiros socorros e meteorologia.
As aulas práticas envolvem simulações de imprevistos e acidentes e treinamentos emergenciais, como sobrevivência na selva e combate ao fogo.
Como aeromoços e aeromoças precisam ter aparência e atendimento impecáveis, o curso também tem disciplinas que ensinam padrões de etiqueta, de maquiagem, de cabelo e de uniforme.
Duração média: 5 meses
Exame teórico da Anac
Depois de concluir o curso, o aluno também precisa ser aprovado no exame teórico da Anac.
O primeiro passo é se inscrever pelo site da agência e pagar a taxa de inscrição.
O exame é realizado pela internet e tem questões de múltipla escolha. Para ser aprovado, o estudante deve acertar, no mínimo, 70% das questões de cada matéria.
Certificado Médico Aeronáutico
Você está quase lá! O Certificado Médico Aeronáutico (CMA) é o último passo antes de o profissional poder ser contratado como comissário de bordo.
O CMA atesta que o profissional tem saúde física e mental para exercer a função. O objetivo é minimizar os riscos à segurança do voo que podem ser causados por problemas de saúde.
É preciso fazer o exame em alguma clínica médica licenciada pela Anac. Para os futuros comissários de bordo, são exigidos exames de urina, de sangue, exames cardíacos e radiografia.
Em até dois dias úteis, os resultados do exame são divulgados no site da Anac. Mas atenção: é preciso renovar o CMA a cada dois anos.
Estágio obrigatório
Com tudo isso, o profissional já pode ser contratado por uma empresa aérea. Mas ainda não acabou! É preciso concluir um estágio obrigatório fornecido pela empresa contratante.
O estágio deve ter, no mínimo, 15 horas - desse total, uma hora deve ser destinada à realização de um exame prático, aplicado por profissionais credenciados pela Anac.
Cabe à empresa contratante solicitar à Anac o Certificado de Habilitação Técnica (CHT) do profissional aprovado, para que ele, enfim, possa ser um comissário de bordo.
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