8 argumentos coringas para usar na redação do Enem
O consumismo exacerbado, a desigualdade social, a herança da escravidão... aposto que você já viu algum destes argumentos em uma redação nota mil
Já pensou que nem sempre é necessário “adivinhar” ou dominar completamente um tema de redação para ter bons argumentos na ponta da língua? Isso porque existem alguns argumentos coringas que se encaixam em muitas situações diferentes, desde uma discussão sobre desigualdade até outra sobre corrupção.
+ Veja aqui o gabarito extraoficial do Enem 2023, a partir das 18h30 deste domingo (5)
É claro que todos eles exigem uma boa dose de senso crítico e não basta sair citando no texto sem articular bem as ideias.
Na lista abaixo, confira alguns destes argumentos e como encaixá-los bem em um texto.
O que são argumentos na redação Enem?
Antes, vamos entender o que são argumentos. Um argumento é a forma que o candidato tem de garantir que sua opinião tem sentido. Sua opinião é sua tese!
Um argumento pode ser
- um fato;
- uma experiência;
- uma estatística;
- uma raciocínio lógico;
- a opinião de um estudioso;
Enfim, argumento é tudo aquilo que faça o leitor (o corretor) concordar que você tem razão de ter determinada opinião.
Geralmente um argumento aceita um porquê antes dele. Essa é uma dica para você testar e não errar na sua redação.
Nada é mais importante em sua redação que uma relação perfeita entre tese e seus argumentos! Então é nisso que você tem de mostrar sua habilidade.
Explicado isso, vamos aos argumentos coringas!
Os 8 argumentos coringas mais fáceis de usar na redação Enem
As redações 1000 do Enem acabam sendo bastante parecidas, porque é bem comum que elas usem os mesmos argumentos.
1. A baixa escolarização do brasileiro
Pensando na realidade de que pouco mais de 17% dos jovens com mais de 25 anos têm nível superior completo e de que pouco mais de 27% terminou o ensino médio, esse é um argumento útil em muitos temas:
- acessos a serviços públicos;
- movimentos migratórios;
- dignidade no mercado de trabalho;
- trabalho infantil;
- participação política;
- inclusão de indígenas;
- liberdade de informação;
- aumento da criminalidade.
A falta de instrução atrapalha muito na ascensão social, que é feita principalmente pela atividade no mercado de trabalho. Aliás, a falta de mão de obra no mercado tende a piorar por causa disso, sabia?
2. O Brasil tem muita desigualdade social
Você já deve ter notado que o argumento da desigualdade social é bem flexível nas redações. É que ele é uma causa mas também uma consequência de inúmeros problemas!
Por isso é bem fácil usá-lo em temas como:
- preconceito linguístico;
- acessos a serviços públicos;
- democratização de todo tipo de evento cultural;
- movimentos migratórios;
- dignidade no mercado de trabalho;
- conservação do meio ambiente;
- trabalho infantil;
- aumento da criminalidade;
- assistencialismo.
São situações que podem advir da desigualdade social, já que ela atrapalha muito na hora de se exercer direitos que tornam todos os brasileiros iguais na prática.
3. A herança da escravidão no Brasil
Este argumento é bastante usado nas redações do Enem, especialmente para os seguintes temas:
- desigualdade social;
- atitudes racistas;
- favelização e pobreza entre pessoas negras;
- alto índice de homicídio entre pessoas negras.
Do ponto de vista sociológico, muito do que vivemos hoje em termos de problemas sociais pode ter origem na escravidão.
4. O capitalismo força o consumo exagerado
Esse é um argumento que podemos chamar de clássico! Quem nunca incluiu esse tipo de justificativa na redação?
Até porque ele é verdadeiro e tem tentáculos em vários temas:
- doenças psiquiátricas;
- degradação do meio ambiente;
- busca por intervenções estéticas;
- sucesso de influenciadores;
- necessidade de ser reconhecido socialmente.
5. O Brasil passa por crise política e social
Esse também é um dos argumentos que explicam mais fácil as teses nas redações do Enem. O que você precisa ter em mente para usá-lo é que nem todo problema interno do Brasil é uma crise. Não exagere.
No entanto, você pode adaptar esse argumento para algo como “O Brasil passa por má gestão pública” e isso vai funcionar para uma série de temas:
- desejo de emigrar;
- perda do patriotismo;
- desemprego;
- crise de confiança;
- desincentivo ao esporte;
- déficit habitacional;
- descaso com a cultura;
- crise no sistema penitenciário.
6. Somos pessoas individualistas
Aposto que você lembrou de Zygmund Bauman, certo? Ele é o sociólogo polonês que cunhou o termo “modernidade líquida”. Na tal modernidade líquida, as pessoas não mantêm laços por muito tempo com outras pessoas, e isso remete ao individualismo.
Algumas teses colocam em evidência essa falta de preocupação com o coletivo e o individualismo exacerbado. É comum que ela aparece em temas como:
- manipulação de dados pela internet;
- pessoas em situação de rua;
- atuação dos políticos;
- abandono sofrido pelos idosos.
7. A influência negativa exercida pelas mídias
Com a proliferação das redes sociais e a influência delas em todas as esferas da vida, esse argumento torna-se cada vez mais relevante. De fácil adaptação, ele serve para temas como:
- agressão contra professores;
- bullying;
- depressão em jovens.
8. Somos um povo colonizado
Se esse não é o argumento campeão, é um deles. A colonização impôs marcas na sociedade brasileira que comumente estão associadas à dificuldade de reivindicação de direitos, perpetuação de preconceitos e desigualdades.
Ele é incluído facilmente pelos candidatos em uma quantidade incrível de temas:
- acessos a serviços públicos;
- movimentos migratórios ;
- atitudes racistas;
- preconceito religioso;
- dignidade no mercado de trabalho;
- trabalho infantil;
- participação política;
- inclusão de indígenas;
- bolsões de pobreza;
Mas existem dois desdobramentos nesse argumento: o patriarcado e o jeitinho brasileiro!
O patriarcado é um argumento útil quando os alunos querem justificar teses nos seguintes temas:
- violência contra a mulher;
- desigualdade de gênero no mercado de trabalho e em outros ambientes.
O “jeitinho brasileiro” é um argumento que menciona o comportamento – em tese – pouco ético em atitudes do dia a dia e cai bem numa infinidade de assuntos:
- corrupção na política;
- desrespeito a leis;
- aumento da criminalidade;
- corrupção em serviços assistenciais.
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