As inscrições do Prouni 2025 começaram nesta sexta-feira (24), e com elas muitas dúvidas clássicas. Quem participou do Sisu também pode se inscrever no Prouni? O que renda bruta e per capita? Quem tem direito a concorrer no programa? O GUIA DO ESTUDANTE já ajudou com todos estes questionamentos (basta clicar em cima dos links), e abaixo respondemos a mais uma questão que está afligindo os candidatos: afinal, o que é PPI?Em resumo, PPI é a sigla para pretos, pardos e indígenas, e corresponde a uma das modalidades de concorrência do Prouni. As outras duas modalidades são Ampla Concorrência (para candidatos que não se enquadram em nenhuma cota) e PCD (pessoas com deficiência).Mas afinal, quem pode concorrer como PPI?Para pretos e pardos, o que vale na hora de se inscrever no Prouni – assim como no Sisu e em outros vestibulares – é a autodeclaração. Isso significa que o candidato estará alegando que pertence a um destes dois grupos, sendo preto ou pardo.Ele não precisa de nenhum tipo de documento que comprove isto, mas deve estar ciente que, na hora da matrícula, as universidades podem submetê-lo a bancas de verificação. O que essas bancas avaliam? Se o candidato de fato tem elementos físicos que o caracterizem como tal. Isso inclui cor da pele, textura do cabelo, traços do rosto (como nariz e boca), entre outros.Não entra na conta a ascendência do candidato – ou seja, se ele tem pais ou avós negros. O que conta, exclusivamente, é a aparência dele próprio.Esse critério é implementado no Brasil porque, por aqui, pessoas negras costumam sofrer racismo por conta de suas características físicas, e não por causa de seu histórico familiar. É diferente do que ocorre, por exemplo, em países com os Estados Unidos, onde o que conta é sua descendência. Por lá, uma pessoa pode ter o fenótipo (aparência) de alguém branco, mas se tiver pai ou mãe negro, já é considerado afro-americano.Se ainda tiver dúvidas sobre ter direito ou não às cotas para pretos e pardos, vale ler este texto do GUIA DO ESTUDANTE, que explica o assunto a fundo.Mas e os índigenas?Embora os indígenas estejam inclusos nas cotas PPI, que exigem apenas autodeclaração, neste único caso algumas universidades costumam exigir um ou mais documentos que comprovem a ascendência do candidato.Os mais comuns são:Carta de recomendação emitida por liderança indígena, seja ela uma personalidade ou um ancião reconhecido;Registro de Nascimento Indígena (Rani), documento emitido pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai);Fotos e memorial sobre trajetória pessoal e ligação com a cultura indígena.Por isso, vale checar junto à instituição onde pretende se candidatar quais são os critérios.Entre no canal do GUIA no WhatsApp e receba conteúdos de estudo, redação e atualidades no seu celular!