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10 dicas dos primeiros colocados da Fuvest

Do período de preparação até o dia da prova, saiba quais estratégias os estudantes usaram para conquistar as maiores notas em seus cursos

Por Redação
14 fev 2023, 18h27

Durante a preparação para os vestibulares, é comum receber dicas de estudos de professores, colegas, amigos e familiares. Nem todas as orientações funcionarão para todo mundo, afinal, cada pessoa tem um perfil, uma rotina e uma realidade. Mas explorar novas formas de absorver os conteúdos, organizar a rotina ou lidar com o estresse dessa fase pode fazer toda a diferença para a sua aprovação.

Pensando nisso, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com os primeiros colocados em diversos cursos do vestibular da Fuvest, o mais concorrido do país. Os novos calouros da Universidade de São Paulo (USP) contam quais estratégias foram essenciais para serem aprovados. Confira:

1. Faça revisões ao longo do ano

Gabriela Duarte de Carvalho, de 18 anos, aprovada em 3º lugar no curso de Odontologia da USP, diz que uma dica fundamental é criar um planejamento de revisão. A ideia é retomar os assuntos aos poucos e da maneira que você se adaptar melhor. 

“Fui testando diferentes estratégias ao longo do ano, como o uso de flashcards, voltar nos meus resumos… mas o que mais deu certo, para mim, foi fazer de 5 a 10 questões de cada assunto que eu precisava revisar. E se eu errasse muitas, fazia mais exercícios daquele assunto depois de um tempo até eu parar de errar”, explica Gabriela. 

Ela conta que todo domingo ou segunda antes de começar os estudos, separava as matérias e os temas em que estava sentindo mais dificuldade e encaixava as revisões em sua semana. “Achava mais fácil fazer um pouco todos os dias do que separar um dia somente para revisar tudo – também testei dessa forma e não deu muito certo. Assim, eu estava sempre em contato com os assuntos mais difíceis para mim e praticando com exercícios.”

2. Saiba priorizar as disciplinas

Outra dica de Gabriela é priorizar as matérias em que você tem mais dificuldade e as que estarão presentes na segunda fase do seu curso. “No meu caso, por exemplo, a minha segunda fase teve biologia, química e matemática. Então, essas eram as disciplinas que eu mais estudava durante a semana. Entre elas, me dedicava ainda mais à matemática, que é a minha maior dificuldade, fazendo exercícios todos os dias”, diz a estudante.

Já nas matérias que considerava mais tranquilas, como história, geografia e inglês, ela fazia somente as questões da aula que teria no dia. “Desse jeito, sentia que não estava perdendo tempo com conteúdos que eu já dominava e tinha mais tempo para aquilo que eu realmente precisava.”

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3. Tire um tempo para descansar

Bruno Miguel Perroni, 1º lugar em Astronomia.
Bruno Miguel Perroni, 1º lugar em Astronomia. (Arquivo pessoal/Reprodução)

Para Bruno Miguel Perroni, de 20 anos, que passou em 1º lugar em Astronomia, é muito importante ter um período da semana em que você possa simplesmente descansar, dormir um pouco mais e realizar atividades de lazer, como ver um filme/série, jogar algum jogo ou praticar algum esporte. 

“Caso contrário, ao ficar fazendo muito de uma única atividade, de maneira repetida, que é o que acontece quando você se prepara para um vestibular, é muito fácil acabar se desgastando mental e fisicamente. Isso faz com que seu rendimento caia e você não consiga tirar tanto proveito de seus estudos.” 

Bruno utilizava os finais de semana para descansar e realizar atividades nas quais podia relaxar. Quando os dias úteis da semana chegavam, já estava descansado e com as energias recuperadas e, assim, podia focar totalmente nos estudos, melhorando seu rendimento.

4. Conheça as provas que irá prestar

Bruno também aponta que uma das ações que mais podem ajudar no preparo para o vestibular é praticar com exercícios de provas de anos anteriores. Isso não ajuda somente a treinar os conteúdos das matérias em si, uma vez que você coloca seu conhecimento em prática para resolver os exercícios, mas também ajuda a reconhecer o estilo da prova, seu nível de dificuldade, quais temas mais caem e se há um padrão presente nos exercícios. 

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“Desse jeito, no dia da prova em si, você se sente mais preparado e confiante, pois já possui uma ideia de como e quais exercícios vão aparecer. Não há uma surpresa tão grande, e você consegue até formular uma ideia de como respondê-los mais rapidamente, pois é algo familiar, ajudando-o a concluir e acertar os exercícios de forma mais eficiente e precisa”, completa o estudante.

5. Invista em autoconhecimento

Rafael Lara Nohmi, 1º lugar em Medicina.
Rafael Lara Nohmi, 1º lugar em Medicina. (Arquivo pessoal/Reprodução)

“Você precisa passar por um processo de autoconhecimento, entendendo as suas necessidades, seus pontos fortes e suas dificuldades – e não apenas replicar fórmulas mágicas que são propagadas por aí ou algum tipo de método pronto”, afirma Rafael Lara Nohmi, de 19 anos, que foi aprovado em 1º lugar na Medicina da USP. 

Segundo o estudante, é importante se conhecer para construir uma rotina mais produtiva e um estudo mais direcionado. “Você precisa entender como você mesmo funciona. Tem gente que precisa conciliar a base teórica com os exercícios, então precisa acompanhar as aulas com mais atenção. Outras pessoas já têm uma base teórica boa, então precisam dedicar mais tempo à resolução de exercícios e simulados. Cada um é cada um.”

6. Construa uma boa base

Pedro Henrique Peliciari, 5º lugar em Medicina Ribeirão.
Pedro Henrique Peliciari, 5º lugar em Medicina Ribeirão. (Arquivo pessoal/Reprodução)
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É comum se sentir perdido em meio a tantas questões e provas diferentes para fazer. Mas, segundo Pedro Henrique Peliciari, o mais importante é dominar a base de cada conteúdo, porque ela te prepara para enfrentar qualquer questão, inclusive as da Fuvest. O estudante de 22 anos, aprovado em 5º lugar da Medicina USP de Ribeirão Preto, diz que, para isso, é essencial revisar os tópicos com frequência, principalmente fazendo provas antigas (como as da banca Vunesp, responsável por diversos vestibulares, de forma que sempre há questões novas). 

“A cada erro, deve-se retornar à teoria para ver onde está sua deficiência. É assim que se cria uma base muito forte para qualquer vestibular, além de manter os conteúdos frescos na memória.”

7. O que funciona para o seu colega pode não funcionar para você 

Pedro também conta que, em muitas ocasiões, sentiu-se pressionado a seguir a rotina do cursinho, a acordar mais cedo do que gostaria e a diminuir seu tempo de lazer. Com o tempo, ele percebeu que isso o prejudicava e começou a seguir uma rotina em que se sentia mais produtivo.

“Parei de acompanhar as aulas ao vivo (como meu cursinho era online, eu tinha essa possibilidade), e passei a assistir às gravadas nos horários que me eram mais convenientes. Também parei de me culpar por fazer pausas e por reservar um tempo para mim. Tudo isso provocou um aumento muito grande na minha produtividade, já que me sentia mais motivado ao ter o controle do meu tempo. Assim, resolvia provas, fazia redações e acompanhava os professores como todos, mas no meu ritmo e me sentindo menos pressionado”, explica Pedro.

8. Treine questões dissertativas

A dica da Larissa Silvestrini Salviatti, de 22 anos, que conquistou o 2º lugar da Medicina Ribeirão, é fazer questões dissertativas desde o começo do ano, não apenas quando passar para a segunda fase. “Muitas vezes, sabemos a resposta do que o exercício pede, mas não conseguimos desenvolvê-la no papel. Treinar isso desde o início fez com que eu conseguisse perceber uma melhora muito grande nas minhas discursivas. Depois de um tempo, resolver essas questões acabou ficando bem natural.”

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9. Cuide da sua saúde mental

É muito comum que os vestibulandos negligenciem a saúde mental no ano de cursinho, mas Larissa também reforça que é essencial cuidar desse aspecto tanto para uma vida saudável quanto para o vestibular. “Cuidar de si torna a rotina do cursinho mais tolerável, e é fundamental na hora da prova. Busque manter a calma e a confiança ao longo dos estudos, pois isso afetará diretamente seus resultados”, afirma a estudante.

10. Tente curtir o processo

Lucas Batini Araujo, 2º lugar em Medicina.
Lucas Batini Araujo, 2º lugar em Medicina. (Arquivo pessoal/Reprodução)

Lucas Batini Araújo, de 17 anos, aprovado em 2º lugar na Medicina da USP, descobriu, durante seu ano de vestibular, que tão importante quanto a aprovação é a história que vai sendo construída até ela. 

“Mesmo com algumas tristezas, o processo vale a pena! Portanto, aproveite enquanto estuda, descansa ou faz provas. Não pense apenas em termos de resultados, mas olhe para seu crescimento como estudante e, sobretudo, humano”, diz Lucas. Assim, segundo ele, o processo ficará mais leve e a aprovação ficará ainda mais próxima. 

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