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A universidade europeia que decidiu contratar apenas mulheres

A medida será aplicada por um ano e meio, até que o quadro de homens e mulheres no corpo docente fique mais equilibrado

Por Taís Ilhéu
11 jul 2019, 13h45
 (Wikimedia Commons/Reprodução)
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A Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, anunciou no início de julho que pelo próximos 18 meses só contratará professoras mulheres. Isso porque, atualmente, 84% do seu corpo docente é formado por homens. Pela nova medida, homens só poderão ser contratados se mulheres não se candidatarem e a vaga permanecer desocupada depois de seis meses aberta. 

Em um artigo no jornal britânico The Guardian, o reitor Frank Baaijens afirmou que, apesar de radical, a medida é necessária devido à ineficácia de outras experimentadas nos últimos dez anos. Além disso, ele explicou que há um viés inconsciente que faz com que recrutadores tendam a escolher homens ao invés de mulheres em processos seletivos. 

“Isso torna mais difícil para as mulheres começarem e desenvolverem suas carreiras acadêmicas. Para resolver essa situação injusta, tivemos que realizar ações de discriminação positiva, mesmo com o risco de perturbar alguns candidatos do sexo masculino”, escreveu o reitor. A Universidade de Eindhoven, uma das mais renomadas da Europa no campo da engenharia, é também uma das mais desiguais do continente no quesito gênero. 

O programa para recrutamento de professoras foi batizado de Irène Curie, em homenagem à filha de Marie Curie. Assim como a mãe, ela também foi agraciada com um Nobel de Química, fazendo de sua família a maior ganhadora de prêmios Nobel até hoje. 

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O objetivo da universidade holandesa é que a representação feminina cresça em pelo menos 20% até 2020 e 30% nos próximos dez anos.

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