A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) fará consultas com as universidades brasileiras, tanto públicas quanto privadas, para definir o novo modelo do Ciência sem Fronteiras. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da instituição, Abilio Baeta, disse que a reformulação se dará a partir de conversas de “baixo para cima”. O novo modelo deverá ser anunciado até meados de 2017.
Para Neves, a ideia é conversar com as instituições brasileiras e entender as demandas. “É preciso conversar com universidades e as universidades têm que ajudar a desenhar a cooperação que elas acham importante. Dizer com quem, que tipo de parceria, em que áreas querem, com que amplitude. Dizer se querem graduação ou pós. Elas têm que nos dizer.”
Novo formato
Conforme divulgado na semana passada, o Ciência sem Fronteiras seria repaginado para atender estudantes de pós-graduação de todas as áreas (exatas, humanas e biológicas), antes restritos aos cursos de exatas e biomédicas.
O benefício será destinado apenas aos selecionados por universidades “renomadas” no exterior. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) não informou qual será o critério utilizado. A verba destinada ao novo Ciência sem Fronteiras, e o número de bolsas que serão oferecidas, dependerá do valor destinado ao Ministério da Educação no próximo ano.
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O oferecimento de bolsas para a graduação, maiores beneficiados nos primeiros anos do programa, não está previsto. Os melhores alunos do ensino médio da rede pública poderão fazer cursos de idiomas de curta duração no exterior, apesar de o projeto ainda estar sendo discutido.
O programa
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder inicialmente 101 mil bolsas. As bolsas foram voltadas para as áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e de saúde. Os últimos estudantes selecionados pelo programa devem concluir suas atividades até o começo de 2017.
Das mais de 92 mil bolsas concedidas desde 2011, cerca de 79% foram destinados para alunos da graduação. O custo para os estudantes de graduação, estimado em R$ 3,2 bilhões para atender 35 mil bolsistas em 2015, foi considerado elevado.