Ciência Sem Fronteiras acaba na graduação, mas permanece na pós
O programa chega ao fim para os bolsistas que cursavam a graduação, porém, permanece com 5 mil bolsas na pós-graduação
O Ministério da Educação divulgou neste domingo (2) o fim das bolsas para alunos de graduação no Ciência Sem Fronteiras (CsF). O programa, entretanto, continua funcionando plenamente para estudantes pós-graduandos (pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e jovens talentos).
O último edital da iniciativa para os alunos ainda na graduação aconteceu em 2014. Neste meio tempo, o programa continuou funcionando para os estudantes que foram comtemplados nesta fase final. Cerca de 4 mil bolsistas permanecem usufruindo do projeto tanto aqui no Brasil, como no exterior.
Criado pelo governo de Dilma Rousseff, o CsF funciona em parceria com os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Com a entrada da nova gestão, do presidente Temer, o MEC realizou uma estimativa dos custos do programa. No processo, chegou-se à conclusão que as despesas eram excessivamente altas e que existiam muitas dívidas deixadas pela administração anterior.
Para alcançar este ultimato, o MEC realizou uma comparação dos gastos do programa com relação os investimentos federais na educação básica. Durante o procedimento, apurou-se que cada graduando contemplado pelo CsF custava R$ 100 mil por ano ao governo, enquanto os alunos de escolas públicas recebiam cerca de R$ 94 anuais em merenda escolar. Em outros números, apenas em 2015, os 35 mil bolsistas foram responsáveis por um investimento de R$ 3,7 bilhões, ao passo que os alunos dos ensinos fundamental e médio receberam somente R$ 39 milhões.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) avalia novas alternativas de apoio à internacionalização e aperfeiçoamento de programas em apoio ao ensino superior. Quanto aos cursos de pós-graduação, os editais continuam. Em 2017, foram oferecidas cerca de 5 mil bolsas.