O Ciência sem Fronteiras não oferecerá mais bolsas para estudantes de graduação, e manterá o foco na pós-graduação e em um novo nicho: jovens de baixa renda que estejam cursando o ensino médio em escolas públicas e desejem aprender outro idioma no exterior. As informações foram divulgadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Segundo a Capes, o governo determinou uma minuciosa análise técnica do Ciência sem Fronteiras e identificou a necessidade de aperfeiçoamento do programa, especialmente na graduação, uma vez que as universidades vinham encontrando problemas em equivaler disciplinas do currículo comum com as de outros países.
Para estudar fora, você provavelmente vai precisar comprovar a sua proficiência na língua em que fará o curso. O Guia do Estudante tem uma plataforma para te ajudar a tirar o certificado de Inglês! Conheça clicando aqui.
“Outro ponto considerado foi o custo elevado para a graduação sanduíche, cerca de R$ 3,248 bilhões para atender 35 mil bolsistas em 2015 na Capes, valor igual ao investido em alimentação escolar para atender 39 milhões de alunos”, informou a nota. Em relação às bolsas para pós-graduação, a coordenação informa que “estas permanecem e, dentro do limite financeiro disponível, poderão até ser ampliadas”.
A Capes diz ainda que, conforme previsão inicial, o Ciência sem Fronteiras teve a concessão de bolsas finalizada em 2014, e que a atual gestão do Ministério da Educação incrementou em 20,9% o orçamento do programa para garantir a continuidade dos pagamentos das bolsas já concedidas. Os últimos estudantes selecionados pelo programa devem concluir suas atividades até o começo de 2017.
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder inicialmente 101 mil bolsas. As bolsas são voltadas para as áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e de saúde.