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Como escolher em qual faculdade estudar?

Se você não tem o sonho de passar em uma universidade específica, talvez esteja em dúvida sobre qual faculdade escolher. Veja o que se deve levar em conta para tomar essa decisão que é tão importante quanto a escolha do seu curso!

Por Ana Prado
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h32 - Publicado em 6 ago 2012, 20h25

Supondo que você já tenha decidido que curso prestar, é provável que uma universidade pública seja sua primeira opção. Mas e se você não for do tipo que gosta muito de estudar e não tem o sonho de entrar em uma instituição específica? E se, além disso, o seu orçamento for apertado para investir no curso superior? É melhor estudar em uma universidade pública em outra cidade ou pagar uma perto de casa? E se a sua vontade for uma formação mais rápida para entrar logo no mercado de trabalho?

Há vários fatores a se considerar na escolha de uma faculdade, que é tão importante quanto a sua decisão por uma carreira. E foi pensando nos diferentes perfis de nossos leitores que preparamos as dicas a seguir.

– Veja também: Como escolher onde estudar: Resolvendo dilemas

Quais os fatores mais importantes na hora de escolher sua faculdade?

– Quem serão seus professores

Segundo o diretor pedagógico do Cursinho Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, a primeira coisa que se deve analisar é a equipe de professores da instituição. Em tese, quanto maior o número de docentes titulares, com regime de dedicação exclusiva e títulos de mestrado e doutorado, melhores serão as aulas.

Como escolher em qual faculdade estudar?“As grandes universidades são grandes porque seus professores são pesquisadores e têm mais do que só especialização”, explica Tasinafo. “A diferença é grande entre professores em regime de dedicação exclusiva (o que acontece em universidades públicas) e os que são pagos de acordo com o número de aulas dadas. No último caso, eles acabam muitas vezes pegando uma carga excessiva de aulas e isso prejudica a preparação delas”.

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Portanto, especialmente se você deseja seguir a carreira acadêmica, como professor e/ou pesquisador, é bom prestar atenção nisso. “No geral, as instituições privadas brasileiras repassam conhecimento, enquanto as públicas o produzem. É claro que há exceções: existem cursos muito bons em universidades particulares, mas isso é porque elas investem em professores qualificados. Quanto melhor o corpo docente, melhor a formação que o aluno terá”, completa.

Lembre-se de que você terá de enfrentar o mercado de trabalho quando sair da faculdade. “É o mercado, a cada dia mais exigente, que vai realizar a avaliação final do aluno para saber se ele está bem preparado. Por isso, é preciso levar em consideração a qualidade do ensino”, explica o professor Alberto Francisco do Nascimento, coordenador do curso pré-vestibular Anglo, de São Paulo.

– Infraestrutura

Também é importante ver o que a instituição tem a oferecer em termos de infraestrutura. E não, não estamos falando de praça de alimentação, academia ou uma fachada bonitona. Certas coisas podem impressionar, mas valorize o que vai realmente contribuir para a sua formação – bibliotecas e laboratórios, por exemplo.

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Para cursos de ciências humanas, é fundamental uma grande biblioteca. O aluno não pode cair na história de que é possível conseguir na internet todos os textos de que precisa, porque isso não é verdade”, afirma Tasinafo. E os de ciências exatas ou biológicas precisam ter laboratórios bem equipados.

Não se contente com uma biblioteca ou laboratório que seja partilhada com todos os outros cursos: o ideal é ter um de cada para cada área ou instituto, como ocorre com as grandes universidades.
Mas também não dê à infraestrutura um peso maior do que ela merece. “O que faz diferença, mais do que a aparelhagem, é o material humano. Com professores qualificados, dá para relevar o sucateamento de certos cursos em universidades públicas, por exemplo”, diz o professor.

– Tradição e avaliações

Descubra há quanto tempo existe o curso, se ele é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e as notas obtidas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

A avaliação feita pelo GUIA DO ESTUDANTE, encontrada no site (clique aqui para ver) e na edição impressa GE Vestibular e Profissões, é outro bom indicador de qualidade.

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Além disso, compare a grade curricular dos cursos e veja qual atende melhor às suas expectativas e necessidades. Alguns são mais voltados à pesquisa, outros ao mercado de trabalho.

A tradição da instituição também diz muita coisa: se ninguém nunca ouviu falar do lugar, deve haver algum motivo. E isso pode contar contra você na hora de buscar um emprego. “Não quer dizer que cursos ou instituições novas não tenham qualidade. Eles podem compensar em outros aspectos. É preciso avaliar tudo muito bem”, aponta Alberto.

Mas não se apegue excessivamente ao nome de uma universidade pública. Em processos seletivos, as empresas geralmente olham onde a pessoa estudou, mas universidades públicas e privadas de qualidade reconhecida geralmente ficam em pé de igualdade. “Nesses casos, pesa mais a produção acadêmica, cursos extracurriculares, idiomas e experiências de trabalho e voluntariado”, diz Tasinafo.

RESUMINDO: Fatores que você deve considerar antes de escolher a faculdade
– Quem serão seus professores
– Infraestrutura
– Tradição e avaliações
– Concorrência
– Possibilidade de intercâmbios
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– A concorrência

O número de candidatos por vaga é um indicador importante sobre a qualidade da instituição. Se o curso oferecido for ruim, pouca gente vai se interessar por ele e a concorrência será baixa.
Ao mesmo tempo, se a concorrência for baixa, entrarão muitos alunos despreparados e isso também prejudica a qualidade do curso.

“Maior dificuldade de ingresso significa que seus colegas terão um nível maior de preparação, o que é importante para a sua formação”, diz Célio. Se você não se importa em se jogar nos livros para passar no vestibular, esse é um fator importantíssimo para ajudar a decidir onde estudar.

– Possibilidade de intercâmbios

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“Uma boa faculdade não pode ser isolada do mundo”, afirma o professor Alberto. O fato de a instituição ter acordos internacionais para intercâmbios, além de indicar que ela tem algum reconhecimento em outros países, significa uma chance importante de trocar experiências e conhecimentos com outras universidades.

 

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