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Descubra os 10 melhores métodos de estudo para se preparar para o vestibular e Enem

Grupo de psicólogos norte-americanos analisou 10 técnicas de estudo de acordo com o nível de eficiência de cada uma

Por Carolina Vellei
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h46 - Publicado em 29 Maio 2013, 14h00

Você é desses que estuda sempre com uma caneta em mãos para grifar tudo o que vê pela frente, ou adora fazer resumos para fixar o conteúdo da matéria? Mesmo assim, não acha que está rendendo nas provas o quanto gostaria? Pois é, talvez você esteja estudando errado. Isso foi o que mostrou uma pesquisa desenvolvida por um grupo de psicólogos nos Estados Unidos (leia-a na íntegra, em inglês, aqui).

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De acordo com os pesquisadores norte-americanos, hábitos como grifar textos ou fazer resumos, por exemplo, têm pouca eficácia na hora dos estudos. De acordo com a análise, as técnicas mais úteis são a realização de testes práticos, como os simulados, e a distribuição organizada dos estudos, ou seja, não deixar tudo para a véspera das provas.

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A pesquisa analisou, no total, a utilidade de dez métodos de estudo e dividiu cada um deles em três categorias, de acordo com a sua eficiência: utilidade baixa, moderada e alta. O trabalho foi publicado pela Association for Psychological Science, uma organização norte-americana não lucrativa.

Os especialistas tiveram a preocupação de escolher técnicas que pudessem ser implantadas sem nenhum tipo de assistência adicional, ou seja, sem a necessidade de equipamentos de última geração ou sem a ajuda de um professor particular, por exemplo. “Pode requerer algum treinamento para aprender a usar as técnicas com fidelidade, mas, a princípio, os estudantes estão aptos a usar as propostas sem supervisão”, explicam os pesquisadores.

Veja abaixo como você pode usar cada método para aperfeiçoar seus estudos!

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Utilidade Técnica
Alta Testes práticos

O que é: Responder a questões sobre um assunto, como, por exemplo, fazer um simulado para testar seus conhecimentos sobre as matérias estudadas.

Os pesquisadores apontam que as qualidades dessa técnica estão justamente na variedade de formatos que ela pode tomar: questões de múltipla escolha, testes do tipo “preencha a lacuna”, questões dissertativas, entre outras. Duas variáveis aumentam a eficiência da técnica. A primeira: quanto mais testes, melhor. A segunda diz respeito a repetir o teste aplicado quando você não acerta a questão. Ver a mesma pergunta, mas depois de um tempo e não logo depois de tê-la visto pela primeira vez (isso ajuda na fixação do conteúdo).

Alta Prática distribuída de estudos

O que é: Programar um cronograma de estudos distribuídos ao longo do tempo.

Muitos estudantes acham que estudar tudo de uma vez, durante horas seguidas, pode ser eficiente, mas pesquisas indicam que, a longo prazo, deixar tudo pra última hora não funciona. Os especialistas identificam o padrão de “procrastinação” na maioria dos estudantes, por isso, apesar da prática distribuída dos estudos ser muito eficiente, ela quase nunca é usada por conta desse comportamento natural dos alunos, de só estudar quando as provas estão chegando.

Média Elaboração de perguntas

O que é:
Criar perguntas que expliquem os “porquês” de um fato: “por que isso é verdade?”, “por que isso faz sentido?”.

No momento que você elabora essas questões enquanto estuda, você adiciona novas informações a conhecimentos que você já possuía. Desse modo, essa técnica se mostra mais eficiente entre os estudantes mais velhos, principalmente do ensino superior e do Ensino Médio. Para elaborar perguntas relevantes, é preciso estar minimamente familiarizado com o assunto, por isso esse método não é muito útil para estudantes das primeiras séries do Ensino Fundamental, por exemplo. Quando você já conhece o tema, você consegue criar questões mais aprofundadas, que geram explicações mais complexas sobre a veracidade do fato.

Média Explicar o conteúdo para si mesmo

O que é: É como pensar em voz alta. Trata-se de explicar como as novas informações se relacionam a conteúdos já aprendidos ou explicar o passo a passo da lição.

A técnica só dá certo se você entender o assunto e conseguir decodificar o que está aprendendo. Isso significa que não adianta apenas falar em voz alta o texto fazendo uma paráfrase, ou seja, trocando algumas palavras.

Média Estudo intercalado de diferentes conteúdos

O que é: Misturar diferentes matérias em uma mesma sessão de estudos.

Geralmente, o aluno estuda um conteúdo até terminar todos os itens que fazem parte do assunto. Uma das justificativas para a eficiência do método é que o estudante, ao retomar um tema visto anteriormente, acessa a memória de longo prazo e força o cérebro a lembrar de algo que não foi visto nos últimos minutos, ajudando a fixar o conteúdo.

Baixa Resumo

O que é: Reescrever um texto, colocando apenas o essencial e o que é mais importante sobre o conteúdo.

O grande problema para a implementação dessa técnica é que nem sempre o estudante consegue saber quais são as ideias principais de um texto. Isso pode acontecer tanto por não ter feito uma boa interpretação durante a leitura, como por não saber extrair o essencial em um resumo e, com isso, acabar apenas reescrevendo o texto todo com outras palavras.

Baixa

Grifar textos

O que é: Marcar porções importantes do texto enquanto está lendo o material (vale tanto sublinhar quanto usar marcadores coloridos).

Os problemas dessa técnica estão relacionados em parte à de resumo: é preciso saber o que é importante grifar. Outra questão é a quantidade de texto sublinhado. Muitos estudantes grifam grandes blocos, de modo que não se consiga distinguir muito bem o que está destacado. Esse “excesso” prejudica a capacidade de lembrar o que foi selecionado.

Baixa Associação mnemónica

O que é: Usar palavras-chave mnemônicas (para recordar) na aprendizagem de vocabulário em língua estrangeira ou o uso de imagens mentais associadas a um conteúdo verbal específico. Por exemplo, para lembrar a ordem dos planetas, usar frases como “Minha Vó Tem Muitas Jóias; Só Usa No Pescoço”.

Essa prática, no entanto, apresenta algumas limitações: não são todos os conceitos que podem se transformar em imagens e, segundo estudos, esse método pode não ser muito eficiente para a memorização a longo prazo.

Baixa Associação de imagens com textos

O que é: Tentar formar imagens mentais ou fazer desenhos enquanto estuda ou escuta o professor na aula.

A técnica pode ajudar a formar uma narrativa, de modo a organizar o assunto de uma maneira mais clara a partir das imagens. A associação de imagens foi classificada como de baixa utilidade porque os pesquisadores não conseguiram identificar com clareza em quais situações o método dá certo.

Baixa Releitura

O que é:
Depois de uma leitura inicial, reler o texto para relembrar os detalhes.

Estudos analisados revelaram que é melhor dar uma pausa maior entre a leitura e a releitura do que já reler logo após terminar o texto (esperar 2 ou 4 dias para retomar o material). No entanto, apesar da “facilidade” de se executar essa técnica (não requer muita habilidade, você só precisar ler de novo), a técnica é muito ineficaz quando comparada a outras citadas por aqui, segundo os pesquisadores.


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