O ensino a distância, apesar de acarretar em problemas como a exclusão digital, foi a saída mais efetiva para a educação durante a pandemia. Porém, não é só de hoje, e durante a crise, que a modalidade remota está crescendo e se firmando como tendência. O Censo da Educação Superior 2019, divulgado nesta sexta-feira (23), mostra que no ano passado, 63,2% das vagas ofertadas para o nível superior foram para o EaD.
Pela primeira vez na história, o total de ingressantes no ensino a distância superou o presencial na rede privada. Ao todo, 50,7% dos alunos que ingressaram em instituições privadas optaram por cursos de EaD. Em contraponto, 49,3% dos estudantes escolheram ingressar na educação superior de modo presencial.
Já na rede pública, a situação é bem diferente. A modalidade remota apresenta apenas 5,8% do número de ingressantes do curso superior, contra 94,2% na categoria presencial.
Ainda assim, olhando o panorama geral, a tendência do EaD se confirma, de acordo com o levantamento. Entre 2009 e 2019, as matrículas de cursos de graduação a distância aumentaram 192,4%, enquanto na modalidade presencial o crescimento foi apenas de 20,3% nesse mesmo período
Os cursos mais procurados no ensino a distância
Tanto na rede federal quanto privada, Pedagogia é o curso mais procurado na modalidade remota. Administração também aparece forte nas duas redes: é a segunda com mais frequência na privada, 11%, e quarta na pública com 8,5% de frequência.
Na rede privada, que o EaD é mais forte, depois de Pedagogia e Administração, se destacam nesta ordem: Contabilidade, Gestão de pessoas, Educação física e Serviço social.
Taxa de conclusão e desistência: presencial x a distância
O Censo ainda traz o a taxa de conclusão, que diz respeito ao aluno se forma no seu curso de ingresso, e de desistência, aluno desiste do seu curso de ingresso, por meio da desvinculação do curso ou por transferência, comparando as duas modalidades, presencial e remota, de 2010 a 2019.
Em todos os anos, a taxa de desistência de EaD é maior que a presencial. No último ano avaliado, 2019, por exemplo, a desistência é de 63 a distância, enquanto no caso presencial cai para 59.
Os cursos presenciais também têm uma média de conclusão um pouco melhor em relação ao ensino remoto. Em 2019, a taxa de conclusão na categoria presencial foi de 40, acima dos 36 do ensino remoto.
Os resultados do Censo da Educação Superior 2019 foram divulgados em coletiva de imprensa com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. O evento ocorreu na sede do Ministério da Educação e foi transmitido pelas redes sociais oficiais.
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