O Conselho Nacional de Educação (CNE) discute hoje as novas diretrizes para o ensino médio. Caso as propostas sejam aprovadas, cada escola terá autonomia para priorizar determinadas disciplinas em sua grade curricular.
O projeto prevê que todas as escolas possam optar entre quatro áreas de atuação para formular adequadamente a grade curricular. São elas: ciência, tecnologia, cultura e trabalho. A depender do perfil escolhido, a instituição poderá redistribuir a quantidade de aulas de uma ou outra matéria, respeitando as disciplinas de base nacional comum – como língua portuguesa e matemática.
No momento, a carga horária do ensino médio totaliza 2,4 mil horas divididas entre a base comum e a parte diversificada. A parte diversificada corresponde a 25% desse tempo (600 horas), com conteúdo a ser definido livremente pela escola. As novas diretrizes para o ensino médio sugerem que a base comum possa ser alterada de acordo com a ênfase escolhida. Se a escola eleger cultura como área de atuação, poderá aumentar a quantidade de aulas de história e geografia, por exemplo, e reduzir as aulas de química.
A própria carga mínima das disciplinas comuns poderá ser ministrada com base nos novos critérios. Uma instituição que opte pela área de ciências poderá aproveitar as aulas de língua portuguesa para aplicar exercícios de interpretação de textos científicos.
José Fernandes de Lima, relator das diretrizes e membro da Câmara de Educação Básica do CNE, reforça que escolha da ênfase deve respeitar as características dos alunos da região e as instalações físicas da instituição. A proposta visa reduzir a taxa de evasão entre alunos do ensino médio. Grande parte dos desistentes abandona a escola por falta de interesse na grade curricular.
*Com informações da Agência Estado
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