Atualizado em 19 de maio, às 15h46
Um estudante foi assassinado na noite de ontem (18) no estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), da Universidade de São Paulo (USP), no campus Cidade Universitária. Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi atingido por um tiro na cabeça.
Na manhã desta quinta-feira (19), o Centro Acadêmico Visconde de Cairo, da FEA, realizou uma manifestação em protesto ao assassinato do estudante. “Mais de 600 alunos participaram da manifestação. Paralisamos as aulas e fizemos um minuto de silêncio”, diz Antônio Raviolli, estudante do 2º ano da faculdade e diretor do Centro Acadêmico. O ato teve apoio do diretor da instituição Reinaldo Guerreiro.
Durante a manifestação, os estudantes leram uma carta aberta à reitoria da USP, que foi entregue ao chefe de gabinete da reitoria, Alberto Carlos Amadio. O documento pede uma maior segurança dentro do campus da Cidade Universitária, na zona Oeste de São Paulo. “Não estamos querendo resolver apenas os problemas da FEA. A insegurança é em toda a USP. Entre as nossas demandas falamos de mais iluminação e aumento de seguranças dentro da universidade. Também queremos que seja identificado qual é o problema no campus”, comenta Antônio.
O estudante refere-se aos casos de assaltos e sequestros-relâmpago que desde o começo do ano passaram a ser frequentes na universidade. Uma reportagem do GUIA DO ESTUDANTE, de abri, mostrou que esses crimes estão ficando cada vez mais numerosos, a ponto de a Coordenadoria do Campus reconhecer a necessidade de tomar providências.
A reitoria da USP marcou uma reunião, às 16h de hoje, com Centro Acadêmico Visconde de Cairo para discutir o conteúdo da carta.
As aulas na FEA foram suspensas durante todo o dia.
Em nota, a assessoria de imprensa da USP atestou luto pela morte do estudante e informou que amanhã (20) o Conselho Gestor do Campus da Capital irá discutir a implantação imediata de ações e medidas do Plano Emergencial de Segurança para a Cidade Universitária, que começou a ser discutido no último dia 3.
No texto, a assessoria também informou que medidas já vêm sendo tomadas, há algum tempo, para coibir casos de violência no campus
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