Faculdade de Direito da USP aprova adoção de cotas raciais
Serão 30% das vagas destinadas ao Sisu para alunos de escola pública, das quais 20% para estudantes pretos, pardos e indígenas
A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), aprovou nesta quinta-feira (30) a adoção de um sistema de cotas para ingressantes pretos, pardos e indígenas (PPI), além de vagas para oriundos de escola pública. No total, serão 30% das vagas destinadas ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para alunos de escola pública, das quais 20% para estudantes PPI. Os outros 70% continuarão sendo oferecidos pelo vestibular tradicional da Fuvest.
A Faculdade de Direito participa do Sisu desde 2015, até então com 20% das vagas para escola pública, mas sem cota por raça. Dentro da USP, cada instituto tem liberdade de decidir se fará a adesão ao Sisu – na edição de 2017, apenas a Faculdade de Medicina, a Escola de Engenharia de São Carlos e o Instituto de Física não ofereceram vagas pelo sistema.
Comparativo
No total da USP, são 2.384 vagas oferecidas pelo Sisu, de um total de 11.072 (8.901 continuarão sendo reservadas ao vestibular tradicional da Fuvest). Das 2.384, 1.787 serão para ações afirmativas.
No primeiro ano de participação da USP, foram ofertadas 1.489 vagas, distribuídas em 140 cursos. Mas, devido às altas notas exigidas para alguns cursos, 11 cursos terminaram sem nenhum aprovado. Ao fim do processo, só 814 vagas (55% do total destinado) foram preenchidas pelo Sisu.