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Fuvest 2026: veja nova lista de livros obrigatórios só com mulheres

O objetivo da Fundação é valorizar o papel de escritoras na literatura. Não deixe as leituras para a última hora!

Por Patrícia Giuffrida
2 fev 2025, 19h00 •
livros fuvest 2026
 (Guia do Estudante/Reprodução)
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  • Em 2026, a Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), responsável pelo processo seletivo da USP (Universidade de São Paulo), selecionou apenas livros de escritoras mulheres para as leituras obrigatórias. Segundo a instituição, o objetivo é valorizar o papel das mulheres na literatura, não apenas como personagens, mas também como autoras de obras.

    Abaixo, confira a lista completa de livros, suas sinopses e um pouco sobre quem é cada autora.

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    1. “Opúsculo Humanitário” (1853), de Nísia Floresta

    Opúsculo humanitário

    Opúsculo humanitário

    Sinopse

    A obra reúne 62 artigos que discutem a educação feminina e a posição da mulher na sociedade. O livro sintetiza o pensamento da autora sobre como a educação das mulheres é essencial para o progresso social. A escritora percorre a condição feminina ao longo da história, da antiguidade clássica ao século 19, defendendo a educação como caminho para o desenvolvimento intelectual e econômico do país.

    Sobre a autora

    Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810-1885) foi o pseudônimo adotado por Dionísia Gonçalves Pinto, pioneira do feminismo no Brasil e uma das primeiras educadoras e jornalistas do país. Destacou-se tanto na prosa quanto na poesia, denunciando não apenas a opressão contra as mulheres, mas também as injustiças sofridas por negros escravizados e indígenas.

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    2. “Nebulosas” (1872), de Narcisa Amália

    Opúsculo humanitário

    Opúsculo humanitário

    Sinopse

    O livro é uma coletânea de poesias que teve grande impacto em sua época, abordando temas como abolição da escravidão, Proclamação da República, educação e a condição feminina. A autora, uma das primeiras poetisas brasileiras, usou a poesia como ferramenta de transformação social, destacando-se por seu engajamento e sensibilidade.

    Sobre a autora

    Narcisa Amália (1852-1924) foi uma educadora, poetisa e a primeira mulher a atuar profissionalmente como jornalista no Brasil. Defensora do abolicionismo e do ideal republicano, destacou-se como uma das poucas vozes femininas de sua época a abordar a identidade nacional. Sua obra recebeu elogios de grandes nomes, como Machado de Assis e o imperador Dom Pedro II.

    3. “Memórias de Martha” (1899), de Julia Lopes de Almeida

    Memórias de Martha

    memorias de martha

    Sinopse

    O romance apresenta a jornada de Martha, por meio de suas memórias desde a infância em um cortiço carioca até sua busca por um futuro melhor. A personagem desafia os padrões impostos às mulheres do século 19 e busca sua independência intelectual e emocional. A obra discute a condição feminina, a importância do ensino e os desafios de conquistar espaço em uma sociedade patriarcal.

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    Sobre a autora

    Julia Lopes de Almeida (1862-1934) foi uma escritora e cronista brasileira com uma produção literária marcante, abordando temas sociais e femininos. Foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras, mas, por ser mulher, não foi oficialmente admitida na instituição. Também foi uma das precursoras da literatura infantil no Brasil.

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    4. “Caminho de Pedras” (1937), de Rachel de Queiroz

    Sinopse

    O livro conta a história de Noemi, uma mulher casada e mãe, que se envolve com o movimento operário e inicia um caso amoroso com Roberto, um militante de esquerda. Ambientado na Fortaleza dos anos 1930, na Era Vargas, o romance aborda a luta política, a condição feminina e o dilema entre desejo e moralidade, destacando a busca por liberdade em meio às pressões sociais.

    Sobre a autora

    Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma das maiores escritoras brasileiras e fez história ao se tornar a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e a primeira a receber o Prêmio Camões. Em suas obras, abordou questões sociais e retratou com maestria o sertão nordestino.

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    5. “O Cristo Cigano” (1961), de Sophia de Mello Breyner Andresen

    Sinopse

    É uma coletânea de poesias da escritora portuguesa. A obra, influenciada por João Cabral de Melo Neto, aborda a religiosidade cristã e denuncia a iniquidade, o abuso e a opressão. A autora utiliza a poesia como uma ferramenta de transformação social, refletindo sobre temas profundos e universais.

    Sobre a autora

    Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) foi uma das escritoras mais importantes da literatura lusófona no século 20. Poeta e contista, sua obra é marcada por uma forte defesa da justiça, da liberdade e da conexão com a natureza.

    6. “As Meninas” (1973), Lygia Fagundes Telles

    Sinopse: o romance retrata a vida de três jovens universitárias, que vivem em um pensionato em São Paulo durante a ditadura militar no Brasil. Cada uma enfrenta seus próprios dilemas pessoais e desafios, enquanto lidam com questões políticas, sociais e emocionais. O romance aborda temas como repressão política, amizade e amor, oferecendo um retrato da juventude brasileira na década de 1970.

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    Sobre a autora

    Lygia Fagundes Telles (1923-2022) foi uma das maiores escritoras brasileiras, reconhecida por sua escrita psicológica e sensível. Suas obras exploram memória, resistência e os dilemas humanos. Ganhou o Prêmio Camões e foi membro da Academia Brasileira de Letras.

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    7. “Balada de Amor ao Vento” (1990), de Paulina Chiziane

    Balada de amor ao vento

    livros fuvest 2026

    Sinopse

    A obra narra a história de amor e sofrimento de Sarnau, uma mulher moçambicana que enfrenta as dificuldades impostas pela sociedade patriarcal. Através de sua jornada, o romance aborda temas como a opressão feminina, a tradição, a luta pela liberdade e a busca por identidade e resistência em um contexto cultural e social complexo.

    Sobre a autora

    Paulina Chiziane (nascida em 1955) é uma escritora moçambicana e a primeira mulher a publicar um romance em seu país. Sua obra destaca temas como poligamia, cultura tradicional e os desafios enfrentados pelas mulheres em sua sociedade.

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    8. “Canção para Ninar Menino Grande” (2018), de Conceição Evaristo

    Canção para ninar menino grande

    cancao para ninar menino grande

    Sinopse

    O romance aborda temas como violência urbana, racismo, relações familiares e a busca por identidade e resistência. A narrativa mostra uma mãe que perdeu seu filho para a brutalidade das ruas e reflete sobre sua dor, amor e luta contínua para manter viva a memória de seu menino. Com uma linguagem poética e emocional, a autora cria uma atmosfera de lamento e esperança.

    Sobre a autora

    Conceição Evaristo (nascida em 1946) é uma escritora brasileira de grande importância na literatura afro-brasileira. Sua obra se dedica a retratar as experiências da população negra e as consequências da marginalização social, sendo a criadora do conceito de “escrevivência”, que mistura escrita e vivência de forma única.

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    9. “A Visão das Plantas” (2019), de Djaimilia Pereira de Almeida

    A visão das plantas

    a visao das plantas

    Sinopse: o livro conta a história de Celestino, um antigo capitão de navios negreiros, que decide cultivar um jardim em sua casa de infância após deixar seu trabalho marcado por sofrimento. O livro explora temas de culpa, redenção e a busca por sentido, refletindo sobre as contradições e violências do passado colonial português.

    Sobre a autora

    Djaimilia Pereira de Almeida (nascida em 1982) é uma escritora angolana-portuguesa reconhecida por sua prosa poética e pelas intensas reflexões que realiza sobre identidade, migração e história colonial. É Doutora em Teoria da Literatura e professora da New York University, nos Estados Unidos.

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