MEC dá prazo para instituições de ensino explicarem variação da nota do Enade
Ministério não revelará nome das universidades até avaliar relatório enviado por elas
O Ministério da Educação (MEC) estabeleceu que as 30 universidades suspeitas de cometer fraudes no Exame Nacional de Desempenho dos Estundantes (Enade) devem entregar até esta sexta-feira (30) esclarecimentos sobre o caso ao ministério. As instituições foram notificadas após o MEC descobrir disparidades nas notas dessas universidades de um ano para o outro. Os registros de formandos do Censo da Educação Superior também não batiam com os de participantes do Enade.
Segundo o MEC, metade das instituições de ensino superior já cumpriram a exigência. Além disso, a lista de universidades não será revelada antes de os relatórios serem entregues e analizados. Ainda não foi divulgado quanto tempo deverá levar para que a apuração seja concluida.
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Na última quarta-feira (22), o ministério anunciou que instalou um auditoria com prazo de 60 dias para aprofundar as investigações contra a Unip. Outra medida tomada foi a determinação de visitas de comissões de especialistas para avaliar, no local, as universidades que estejam em fase de renovação ou de reconhecimento do credenciamento. Em geral, os cursos não precisam passar por essa etapa de avaliação se tiverem nota superior a 3 (em uma escala de 1 a 5) nos indicadores de qualidade do MEC, como o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC). De acordo com o ministério, caso sejam confirmadas as tentativas de manipular os resultados do Enade também nas outras 30 instituições, serão aplicadas as mesmas medidas determinadas à Unip.
O exame é aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) a estudantes concluintes e ingressantes de cursos superiores de universidades públicas e particulares. A cada ano, é avaliado um grupo específico de cursos de graduação. O objetivo é aferir a qualidade do ensino oferecido pelas instituições. Aquelas que apresentam resultados insatisfatórios podem sofrer sanções do MEC, como corte de vagas e até fechamento do curso.
*Com informações de O Estado de S. Paulo
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