MEC espera que juíza revogue suspensão do Enem
Ministro da Educação esclarece dúvidas sobre erros da prova e afirma ser totalmente possível a realização de novo exame
O ministro da Educação Fernando Haddad concedeu uma entrevista coletiva hoje (8/11) para esclarecer as dúvidas sobre os erros ocorridos durante a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010.
Segundo o ministro, a gráfica RR Donnelley, que fez a impressão das provas do Enem, já se responsabilizou pelos erros no caderno de questões da prova amarela que foi aplicada no sábado (6/11). Essa gráfica irá, inclusive, assumir os custos de um novo exame. A proposta do MEC é que os estudantes lesados (que são cerca de 2 mil) façam uma nova prova. Ainda não tem uma data prevista para a realização de um novo Enem.
– Candidatos que realizaram a prova amarela do Enem poderão fazer novo exame
Os estudantes que tenham sido prejudicados deverão acessar o site do Enem para fazer o requerimento, em um espaço que será disponibilizado na próxima quarta-feira (10/11).
O ministro esclareceu que é possível realizar uma nova prova de igual dificuldade da que foi feita neste último final de semana, porque o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) adota, na elaboração das provas, a teoria de resposta ao item (TRI). Com a TRI, o conjunto de modelos matemáticos usados no Enem permite que os exames tenham o mesmo grau de dificuldade.
Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes – quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova porque o grau de dificuldade é supostamente menor.
O ministro explicou, inclusive, que a necessidade de realização de uma nova prova para alguns candidatos não é novidade. No ano passado, estudantes tiveram que fazer a prova do Enem 2009 em um data diferente dos demais – o exame ocorreu em 5 e 6 de dezembro. Isso, porque as cidades em que eles moravam, os municípios de Brejetuba e Ibatiba, no Espírito Santo, foram atingidas por enchentes, que alagaram escolas e impediram a aplicação do exame.
Para evitar que esses estudantes fossem prejudicados, a provas foram realizadas fora do calendário nacional, sendo feitas em 5 e 6 de janeiro deste ano, data reservada pelo Inep para o exame nos presídios de todo o país.
Sobre a determinação da juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, que suspendeu a prova do Enem nessa segunda-feira (8/11), o ministro disse que toda a decisão judicial deve ser respeitada e que cabe ao ministério da Educação apresentar os argumentos suficientes para a suspensão da medida.
Caso a juíza mantenha a decisão, Haddad garantiu que o ministério vai recorrer. Segundo ele, depois de solucionados os problemas anunciados, não há motivos para a suspensão do exame.
Durante a coletiva de imprensa, Fernando Haddad garantiu que os gabaritos das provas serão publicados normalmente e estarão disponíveis a partir de amanhã (9/11), no site do Enem.
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