Mídias sociais influenciam questões acadêmicas
Pesquisa feita nos EUA mostra que redes têm impacto nas notas e até no comportamento de jovens
Jovens e redes sociais são praticamente sinônimos. É difícil encontrar algum com acesso à internet que não use Orkut, Facebook ou Twitter.
Estar online pode ser bom para ler, se informar e fazer os trabalhos escolares, mas eles não dispensam algumas horas para bater-papo, postar fotos e ver vídeos.
No Brasil, por exemplo, há 11,6 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos com acesso à Internet. Já entre estudantes de 15 a 18 anos, a participação deles em redes como Orkut e Facebook chega a 3,8%, número bem significativo.
Com muitos professores se perguntando se a forte presença desses jovens nas redes sociais não estaria afetando os estudos e o desempenho escolar, o site de educação Online Education fez uma pesquisa com estudantes dos Estados Unidos sobre o tema.
– Veja de que modo você pode aproveitar os dispositivos móveis e até o Facebook para estudar
O estudo constatou, por exemplo, que usuários de redes sociais participavam mais de atividades extracurriculares e se sentiam mais “ligados” à sua escola e colegas.
Por outro lado, de acordo com o estudo, eles podem apresentar mais sintomas de depressão e ansiedade e acabam estudando menos horas em média do que aqueles que não usam as redes.
Confira a seguir os prós e contras das redes sociais na vida dos estudantes:
Como as mídias sociais influenciam os estudos |
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X | BOM | RUIM | CONCLUSÃO |
Notas |
Aqueles que usam Twitter aumentaram as suas notas em meio ponto. | Aqueles que estudam com Facebook aberto e o atualizando tiveram notas 20% menores. | Fazer várias coisas ao mesmo tempo com o Facebook aberto não é bom. Pare de checar as notificações enquanto estuda, pois tira a concentração. |
Atividades extracurriculares |
Aqueles que usam Facebook se envolvem duas vezes mais com atividades extracurriculares do que aqueles que não usam. | Aqueles que usam Facebook trabalham menos horas por semana do que aqueles que não usam. | Só depende de você decidir como preencherá seu tempo: se com trabalho, se com atividades extracurriculares. O que você considera mais importante? |
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Emoções |
Usuários de redes sociais se sentem 20% mais “ligados à sua instituição” e também duas vezes mais populares do que não usuários. | 48% dos usuários de Facebook pensam que são mais tristes do que seus amigos. 25% apresentam sintomas de depressão em suas atualizações de status. | Faça parte de sua comunidade escolar, participe de atividades com os colegas. Não as troque para ficar sozinho na frente do computador olhando o que os outros estão fazendo no Facebook. |
Vício |
Mídias sociais são ótimas para se manter informado e acompanhar as notícias. Estudantes dizem que as redes são suas fontes primárias de informação. | Quando se usa muito, fica-se viciado. Quando offline, aparecem os sintomas da abstinência: ansiedade, tensão e nervosismo. | Estudantes estão acompanhando o noticiário pelas redes sociais, não estão pensando só em fotos e bate-papo. Quando seus professores lhe pedirem para pararem de usar o Twitter, peçam para que eles parem de usar o jornal e vejam a reação! Contudo, nada em doses exageradas é bom. Ficar nas redes sociais não foge à regra. |
Autoestima |
Atualizar o Facebook traz “boas vibrações” e aumenta a autoestima da pessoa mais do que se olhar no espelho. | Estudantes que passam mais tempo atualizando o Facebook são mais narcisistas. | Facebook pode deixá-lo vaidoso. Bom para momentos de baixa estima, ruim para aqueles que já estão com ela bem elevada. |
Hábitos de estudo |
Um em cada três estudantes americanos usam as redes sociais com propósitos educacionais. | Estudantes com Facebook estudam em média de 1 a 5 horas por dia. Sem Facebook, de 11 a 15 horas. | Fechar o Facebook lhe dará mais tempo para estudar! Simples, não? |