Os 5 discursos de formatura mais inspiradores de 2016
Barack e Michelle Obama, Anne-Marie Slaughter, Sheryl Sandberg e Steven Spielberg foram destaques esse ano; leia as traduções de seus discursos
O discurso de formatura, conhecido como commencement speech ou commencement address, é uma das tradições acadêmicas mais famosas dos Estados Unidos. Trata-se daquele momento em que alguém notável em seu campo – seja ele ex-aluno ou não da instituição – fala sobre suas experiências e valores e oferece conselhos aos jovens que deixam a universidade.
Discursos que se tornam clássicos instantâneos, como o de Steve Jobs na Universidade Stanford, em 2008, são raros. Mas todos eles trazem boas lições e pontos de vista únicos e 2016 não foi uma exceção.
No último ano dos Obama na Casa Branca, tanto Michelle quanto Barack falaram. Discursaram sobre temas atuais, como a importância da diversidade, da coragem, do debate bem informado e da cidadania.
Sheryl Sandberg, Chief Operating Officer (COO) do Facebook, falou sobre luto e resiliência de maneira emocionante na UC Berkeley, onde sua avó estudou. Anne-Marie Slaughter falou sobre a importância da união de homens e mulheres para conquistar um futuro mais humano para todos na Barnard College, uma histórica faculdade feminina.
Por fim, Steven Spielberg usou seu know how de contador de histórias para destacar, em Harvard, por que escutar sua intuição e compreender de onde você vem pode mudar sua vida.
Além de ver cada um desses discursos, você também ler os melhores trechos traduzidos pelo Na Prática abaixo.
1. Steven Spielberg: “Encontre um vilão para vencer”
Um dos diretores mais famosos de todos os tempos, Steven Spielberg tem mais de 50 filmes no currículo, muitos deles clássicos do cinema sucessos estrondosos de bilheteria. Em Harvard, ele falou sobre heróis, vilões e a importância de saber de onde você vem para saber quem você é num mundo tão complexo. “Em seus momentos de definição, não deixe sua moral mudar pela conveniência ou pela rapidez. Manter seu caráter exige muita coragem.”
2. Sheryl Sandberg: “São os dias difíceis que determinarão quem você é”
COO do Facebook e uma das executivas mais bem-sucedidas do mundo, Sheryl Sandberg se emociona ao falar de profundas perdas pessoais – seu marido faleceu há um ano – e da importância da gratidão, da vulnerabilidade e da resiliência para superar adversidades na vida. “Aprendi que na cara do vazio, ou na cara de qualquer desafio, você pode escolher alegria e significado. É praticamente certo que você vai encarar adversidades maiores e mais profundas. A questão não é se algumas dessas coisas vão acontecer com você. Elas vão. Hoje quero lhes dizer o que acontece depois.”
3. Michelle Obama: “Nunca tenham vergonha das dificuldades”
Em junho de 2016, Michelle Obama fez sua última fala do tipo enquanto primeira dama para alunos da centenária City College of New York. Em seu discurso, ela destacou a importância da diversidade cultural e de pensamento na criação de uma sociedade melhor e mais forte, e como dificuldades criam resiliência e não devem impedir ninguém de perseguir seus sonhos. “Vocês nunca devem ter vergonha dessas dificuldades. Nunca devem ver essas desafios como uma desvantagem. É importante que vocês entendam que suas experiências enfrentando e superando adversidades são, na verdade, uma de suas maiores vantagens.”
4. Barack Obama: “Não perca a esperança, não perca tempo esperando”
Não foi um ano fácil para Barack Obama, que se vê deixando a Casa Branca para alguém que prometeu desmontar seu legado onde for possível. Embora tenha acontecido antes da eleição, seu discurso na Universidade Rutgers acabou servindo como um mapa para o cidadão preocupado com o estado da política no mundo e explica como encarar tempos de incerteza sem perder a esperança. “Se as duas últimas décadas nos ensinaram alguma coisa, é que os maiores desafios que enfrentamos não podem ser resolvidos isoladamente. Para ajudar a nós mesmos, temos de ajudar os outros.”
5. Anne-Marie Slaughter: “Devemos ter exatamente as mesmas expectativas de homens e mulheres”
Faz quatro anos que Anne-Marie Slaughter dominou notícias e debates graças a seu ensaio para a revista The Atlantic, até hoje referência quando se trata de feminismo contemporâneo e carreira. Na Barnard College, uma tradicional faculdade feminina, ela fala que competir profissionalmente é tão importante quanto cuidar de família e comunidades – e ambos os sexos devem se encarregar disso. “Vocês já sabem tudo sobre a competição, é certamente parte do DNA americano. Cuidado é investir nos outros, garantindo que familiares, membros da comunidade, estudantes, doentes, deficientes mentais e físicos e desfavorecidos cresçam e prosperem. E é igualmente importante e valioso como atividade humana. Ser capaz de competir não deve negar a importância do cuidado.”