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Pais e estudantes falam sobre o impacto da pandemia na Fuvest

As dificuldades de fazer um vestibular em plena pandemia – com preparação online e, às vezes, distância para fazer a prova

Por Taís Ilhéu, Alexandre de Melo
Atualizado em 10 jan 2021, 17h04 - Publicado em 10 jan 2021, 14h43
Fuvest 2021: pais e estudantes falam da prova na pandemia
Fuvest 2021: pais e estudantes falam da prova na pandemia (Alexandre de Melo/Guia do Estudante)
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Na Uninove da Barra Funda (SP), maior polo de aplicação da primeira fase da Fuvest, Marcus Aquino, 65,  aguardava do lado de fora do prédio ao lado do filho e xará, Marcus Nobre, 18. Nobre presta neste domingo (10) o vestibular para o curso de Engenharia Aeronáutica na USP. Só que, para chegar até o local da prova, pai e filho tiveram que viajar quase três mil quilômetros, de Fortaleza (CE) até a capital São Paulo.

Vindo de tão longe, Aquino conta que teve medo que a pandemia afetasse o planejamento. “Felizmente, deu tudo certo: hospedagem, segurança e agilidade do metrô, graças a Deus”, disse.

O jovem Nobre admitiu que a pandemia afetou psicologicamente os estudos e que o apoio do pai foi importante nesse momento. “Não necessariamente comerei as frutas, mas é muito bom estar com meu pai e ter todo o seu apoio aqui nessa jornada em São Paulo”, contou, fazendo referência à sacola de frutas pequenas que o pai carregava. Como se sabe, por causa da pandemia, os inscritos terão que sair da sala para se alimentar.

Pai e filho viajaram mais de três mil quilometros para Fuvest
Pai e filho viajaram mais de três mil quilômetros para Fuvest (Alexandre de Melo/Guia do Estudante)

Na porta da Faculdade de Economia da USP, na cidade universitária, Sebastian tem um relato parecido. Ele e a namorada também vieram de longe para que ela pudesse prestar Artes Cênicas. Ele lamenta que a organização do vestibular não tenha pensado em aplicar a prova em outros estados neste contexto de pandemia.

“A gente é de Curitiba (PR) e veio aqui só para fazer a prova, e com a pandemia complica tudo, para viajar também”. Ele conta que os dois estavam cumprindo a quarentena antes de precisarem viajar. Sebastian ficaria do lado de fora do prédio esperando a namorada acabar a prova. Do lado dele, uma mãe também aguardava o filho, que presta Ciências da Computação. “Eu estava mais ansiosa que ele, viu”, contou.

Sebastian viajou com a namorada de Curitiba até São Paulo
Sebastian viajou com a namorada de Curitiba até São Paulo (Guia do Estudante/Guia do Estudante)

Ivone Manente, que também aguardava em frente o prédio da Faculdade de Economia, estava tão tranquila quanto a filha Bianca. A jovem está prestando Biomedicina, um dos cursos mais concorridos da USP este ano. No caso delas, nem mesmo a pandemia foi capaz de afetar a paz de espírito: “A gente está tranquila em relação a isso. Tomando todos os cuidados, lógico, mas só esperando tudo isso passar”.

Ivonete esperava a filha, que prestou Biomedicina
Ivonete esperava a filha, que prestou Biomedicina (Guia do Estudante/Guia do Estudante)

No Twitter no GUIA há mais relatos de estudantes sobre como a pandemia afetou a preparação para a Fuvest

Laila Kalil, 17, vai prestar medicina. “Prefiro não fazer uma pausa de lanche. Foi difícil a preparação online e quero aproveitar da melhor forma o tempo da prova”, conta. Já a sua amiga Ingrid Baptista 20, também vai prestar para medicina, mas vai adotar outra estratégia. “Não consigo pensar bem com fome. Vou fazer uma pausa.  E olha, no meu caso, a preparação online foi até melhor. No meu quarto eu consegui o foco que eu precisava”, afirma Ingrid.

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Estudante enfrentam a Fuvest de máscaras
Estudante enfrentam a Fuvest de máscaras (Alexandre de Melo/Guia do Estudante)

 

Adriana Lopes, 51, bancária, e Edmílson Dias, 54, contador, esperaram os portões da Uninove fecharem e começar a chover para irem embora, de fato. Os pais do Vinicius, que vai prestar Relações Públicas na Fuvest, estavam orgulhosos: “O nosso incentivo é diferente de um incentivo de um professor, mas demos apoio. A gente está muito feliz pelo caminho até chegar nesse vestibular tão atípico. Independentemente do resultado, a gente só quer mostrar para o nosso filho que estamos felizes e emocionados com a luta dele”, contam.

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Portões da Fuvest. Adriana Lopes e Edmilson Dia orgulhosos do filho Vinicius
Portões da Fuvest. Adriana Lopes e Edmilson Dia orgulhosos do filho Vinicius (Alexandre de Melo/Guia do Estudante)

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Pais e estudantes falam sobre o impacto da pandemia na Fuvest
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