Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais apontam que uma quadrilha especializada em fraudar vestibulares de medicina de instituições particulares repassou gabaritos para alguns candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013 na cidade de Barbacena. Os criminosos teriam vendido os gabaritos do caderno amarelo de questões por preços que variavam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil. O caso foi repassado à Polícia Federal, que deve conduzir as investigações.
A operação teria ocorrido da seguinte forma: alguns integrantes do grupo, chamados “pilotos”, faziam a prova para garantir o índice de 75% de acerto e saíam rapidamente dos locais dos exames, entregando o gabarito aos chefes da organização, que, por sua vez, o repassavam aos candidatos via SMS ou ponto eletrônico.
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, informou que “está acompanhando, juntamente com a Polícia Federal, os desdobramentos da Operação Hemostase, deflagrada no início de dezembro pela Polícia Civil de Minas Gerais. Até o momento, de acordo com a Polícia Federal, não existe qualquer elemento que indique, mesmo de forma pontual, que qualquer candidato tenha sido beneficiado”. O texto acrescenta que, conforme prevê o edital do exame, os candidatos identificados, que tiverem utilizado aparelhos eletrônicos durante as provas, serão eliminados.
UPDATE: Mais de 1500 candidatos foram eliminados
O Inep afirmou nesta sexta-feira (20) que 1.522 candidatos foram eliminados por tentar fraudar o Enem 2013 – seja por colar nas provas, desrespeitar o edital ou por suspeitas de usar ponto eletrônico. Desses, 396 são de Minas Gerais e quatro são da cidade de Barbacena, mas ainda não se sabe se estes estavam envolvidos com a quadrilha, já que nenhum nome foi divulgado ainda.
Mais de 5 milhões de candidatos fizeram o Enem 2013. A prova está sendo corrigida e a divulgação do resultado está prevista para janeiro.
*Com informações da Agência Brasil
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