No último sábado (19) foi publicado no Diário Oficial do estado de São Paulo a demissão do professor Andreimar Martins Soares, que há 15 anos dava aulas na Universidade de São Paulo. A exoneração do professor, que trabalhava no Departamento de Análises Clínicas, Toxicologia e Bromatologia, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto, foi o resultado de uma sindicância da universidade que apurava a prática de plágio em uma pesquisa orientada por Soares.
O estudo foi publicado em 2008, mas só foi conhecido pelo público acadêmico em 2009, após a publicação de um artigo sobre a pesquisa. Na época, um grupo de professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) notou que o trabalho usava imagens de outras pesquisas realizadas na universidade do Rio de Janeiro em 2003 e 2006, sem creditá-las.
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De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, assim que a direção da USP recebeu a notificação do possível plágio, ainda em 2009, foi aberta a sindicância para apurar a questão.
Além de Soares, a pesquisadora Carolina Dalaqua Sant’Ana também foi punida, perdendo o seu título de doutora. Ela é a autora da tese de doutorado – que utilizou as imagens plagiadas – orientada pelo professor.
O artigo envolvia mais outros nove pesquisadores, entre eles a ex-reitora da USP Suely Vilela. Mas, de acordo com a sindicância, eles não foram punidos por serem coautores da pesquisa.
A assessoria da USP afirmou que cabe a universidade apurar casos de plágios e que esses são considerados inadmissíveis, por gerarem uma falta de credibilidade à instituição.
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