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Amigo de Shakira e vencedor do Nobel: conheça Gabriel García Marquez, que entrou para a lista da Unicamp

Um dos maiores nomes da literatura latino-americana, Gabo agora é leitura obrigatória no vestibular; saiba mais sobre o autor

Por Redação
15 abr 2025, 10h00 •
Gabriel Garcia Marquez pousa para sessão de fotos em janeiro de 1982. Paris, França
Gabriel Garcia Marquez pousa para sessão de fotos em janeiro de 1982. Paris, França (Ulf Andersen/Getty Images)
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  • Você já imaginou ganhar o Nobel de Literatura, ser amigo de Shakira, e ainda escrever um dos livros mais impactantes do século 20? Pois é. Gabriel García Márquez não é só mais um nome na lista de leituras obrigatórias da Unicamp — ele é um dos maiores nomes da literatura latino-americana (e mundial!).

    A obra escolhida pelo vestibular foi “Os Funerais da Mamãe Grande“, uma coletânea de contos que mistura o real com o fantástico, a crítica social com o humor, e mostra toda a genialidade do autor.

    Se você ainda não conhece Gabo, como também era chamado, chegou a hora de entender por que esse autor merece sua atenção — e como ele pode até te ajudar a encarar o vestibular com outra perspectiva.

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    Quem foi Gabriel García Márquez?

    Gabriel García Márquez nasceu em 1927, na Colômbia, e se tornou um dos escritores mais influentes do século 20. Jornalista por formação, foi um observador atento da política e da cultura latino-americana — e transformou tudo isso em literatura com um toque mágico.

    Ele é considerado o maior nome do realismo mágico, estilo que mistura acontecimentos extraordinários com cenários e personagens comuns do dia a dia, sem que isso cause estranhamento. Em suas histórias, milagres acontecem como se fossem parte da rotina, e o leitor entra nesse jogo naturalmente.

    Foi premiado com o Nobel de Literatura em 1982, por uma obra que “combina o fantástico com o real, em um mundo poeticamente enriquecido”. Mas, muito além dos prêmios, Gabo conquistou leitores ao redor do mundo com sua forma única de narrar.

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    “Os Funerais da Mamãe Grande”

    Diferentemente do seu romance mais famoso (“Cem Anos de Solidão”), “Os Funerais da Mamãe Grande” é um livro de contos. Mas não pense que isso diminui sua força. Muito pelo contrário: cada história traz camadas de crítica, ironia e lirismo, típicos do autor.

    Publicado em 1962, o livro reúne oito contos — entre eles, o que dá nome à obra. Os textos abordam temas como o poder, a religião, a morte e a hipocrisia social, sempre com personagens marcantes e situações surreais tratadas com naturalidade.

    É um ótimo ponto de partida para quem está conhecendo García Márquez agora, porque permite explorar seu estilo em doses menores, mas igualmente intensas.

    O conto narra, com muito exagero e ironia, os grandiosos e quase absurdos preparativos para o funeral da Mamãe Grande, uma figura matriarcal e autoritária que concentrava poder político, social e religioso em uma região fictícia.

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    A Mamãe Grande era uma espécie de monarca local, venerada como se fosse uma santa ou rainha. Com sua morte, o povo entra em comoção e o país inteiro parece parar para homenageá-la, com direito a declarações do Papa, comoções nacionais e uma organização de funeral que mais parece um evento de Estado do que uma despedida pessoal.

    Mas o tom não é trágico, e sim irônico. García Márquez usa o comportamento das autoridades e da população para criticar o culto à autoridade, o autoritarismo, o patrimonialismo, e a forma como o poder é venerado (mesmo quando é opressor).

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    O estilo mágico de escrever (e de criticar)

    Ao longo dos contos, é possível notar que, por mais que as situações pareçam absurdas — como uma mulher levitando ao morrer ou uma criança que performa milagres —, tudo é contado com naturalidade.

    Essa é a base do realismo mágico: uma linguagem objetiva e direta para falar de coisas inacreditáveis. Mas por trás da fantasia, há muita crítica social: Gabo fala sobre o autoritarismo, o clericalismo, o machismo e outros temas com ironia sutil, mas certeira.

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    Uma América Latina dentro das páginas

    García Márquez constrói um universo que, mesmo fictício, é profundamente latino-americano. Os cenários, os costumes, a forma de se relacionar com a morte, com a religião e com o poder. Tudo isso ecoa aspectos culturais muito presentes em países como Colômbia, México, Cuba e, claro, também o Brasil.

    Ler “Os Funerais da Mamãe Grande” é também entender parte da história e da alma do nosso continente. E é até por isso que a Unicamp pode ter incluído essa obra na sua lista: para incentivar uma leitura crítica e culturalmente engajada.

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    E a Shakira com isso?

    Parece aleatório, mas é verdade: Gabo e Shakira eram amigos. Ela o chamava de “um gênio que fez a Colômbia ser lida e admirada no mundo inteiro”. Ele, por sua vez, apoiou sua carreira desde cedo. A conexão entre os dois mostra como Gabriel não era apenas um intelectual distante. Ele fazia parte da cultura viva da América Latina, e mantinha relações com artistas, políticos e jornalistas.

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    Por que ele está na lista da Unicamp?

    A Unicamp costuma escolher obras que provocam reflexões sobre identidade, sociedade e cultura, e “Os Funerais da Mamãe Grande” faz exatamente isso. Com uma linguagem rica, mas acessível, os contos oferecem uma leitura crítica do mundo em que vivemos, usando a imaginação como lente.

    Além disso, é uma oportunidade rara de entrar em contato com a literatura latino-americana de forma profunda, algo que, infelizmente, ainda é pouco explorado no Ensino Médio.

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    Dica final para os vestibulandos

    Ao ler a obra, tente não se apegar apenas ao enredo. Observe como as histórias são contadas, o que há de exagerado (de propósito), e o que cada absurdo revela sobre a sociedade retratada.

    E mais: se algum conto parecer estranho demais, respira. É normal. A mágica está justamente em aceitar o inusitado — e refletir sobre ele.

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    Os funerais da Mamãe Grande

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