1ª fase da Unicamp 2022 registra o menor índice de abstenção em oito anos
A prova realizada neste domingo teve apenas 7,7% de candidatos ausentes. Além disso, não houve nenhuma ocorrência de desclassificação de estudantes
Neste domingo (7), a Unicamp aplicou a primeira fase do vestibular 2022. Cerca de 63,2 mil candidatos estavam inscritos no processo seletivo, que registrou abstenção geral de 7,7 %. Essa é a menor taxa em oito anos nessa etapa da prova. Não houve ocorrência relacionada à desclassificação de candidatos.
De acordo com José Alves de Freitas Neto, diretor da Comvest, a queda no número de abstenção é atribuída a três fatores principais: adequação da Comvest para a realidade dos estudantes, aumento de 1 hora na prova e a vontade do candidato de realizar a prova, de fato.
“A redução na quantidade de inscritos como tivemos esse ano significa que, aquele que de fato se inscreveu, queria participar. Tem a ver com a percepção de que a Comvest está realizando uma prova adequada à realidade escolar no contexto pandêmico. Além disso, estimulamos muitos estudantes com o acréscimo de uma hora no tempo de prova”, explica.
Como muitos professores e especialistas já esperavam, a Unicamp manteve presente no vestibular 2022 diversas questões relacionadas ao contexto atual, que se relaciona com os assuntos presentes no universo vivenciado pelos estudantes no dia a dia.
“Este ano mais do que em qualquer outro valorizamos a habilidade de contextualização e de leitura. Foi uma maneira de atenuar as desigualdades provocadas pela oferta da educação no país nos últimos anos”, comenta Freitas Neto. Na avaliação dele, essa mudança ocorreu porque as competências básicas e necessárias para alguém entrar em uma universidade são saber interpretar e ler bem.
Sobre os assuntos abordados nas questões, Márcia Rodrigues, coordenadora acadêmica da Comvest, explica que a avaliação manteve a tradição de explorar temas contemporâneos que interessam o debate social, pela a abordagem em diferentes disciplinas.
“Tivemos temas como a memória indígena, questão dos refugiados, preço da gasolina, vacina, biomas, hidroxicloroquina, empregos na pandemia, entre outros. Foram assuntos abordados na escola, mas tentando relacioná-los a demandas sociais concretas. Por exemplo, a crença sobre a terra plana foi associada a períodos históricos”, comenta Márcia.
Ela explica que as questões foram desenvolvidas na perspectiva de exigir dos alunos uma leitura de mundo, mas também dos enunciados e textos da prova.
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