Com avanço da vacinação e redução no número de óbitos causados pela covid-19, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmou nesta quinta-feira (13) o retorno das aulas presenciais para 3 de março. Para frequentar as atividades, os estudantes precisam comprovar que estão com o ciclo vacinal completo.
A atual gestão da universidade montou uma força-tarefa (“Programa mão na massa”) para formular um plano de retomada às atividades, com algumas medidas de biossegurança que visam inibir o contágio da doença dentro dos campi. Entre elas, estão o uso obrigatório de máscara, distanciamento social e higienização das mãos. “Houve uma convergência de esforços nunca vista na Unicamp, com o objetivo de promover um retorno seguro às aulas presenciais”, comenta Maria Luiza Moretti, coordenadora geral.
Segundo nota publicada pela Unicamp, a universidade está monitorando os casos provocados pela variante ômicron, que já são maioria entre os novos infectados no país. Para rastrear a nova cepa, o “Programa mão na massa” vai estimular a testagem de funcionários e alunos. Os resultados serão divulgados em poucas horas.
Além disso, o comitê responsável afirmou que 50% das salas de aula já foram avaliadas para indicar as melhorias necessárias. Caso o número de alunos exceda a capacidade total do local, parte deles será encaminhada para o que a Unicamp chama de “salas compartilhadas” ou “gêmeas”. Nelas, por meio de tecnologia adquirida pela universidade, o estudante pode acompanhar o conteúdo passado pelos professores.
Em relação às mudanças em espaços físicos, a universidade informou que investiu recursos na ampliação de janelas para melhorar a ventilação, comprou móveis e contratou uma empresa especializada na limpezas de todos os aparelhos de ar-condicionado. Os restaurantes também tiveram as áreas redimensionadas.
Vacinação em universidades federais
No último mês, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, havia publicado em despacho no Diário Oficial da União que não exigiria a vacina contra o coronavírus em instituições de ensino federais para o retorno às aulas presenciais.
Porém, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ação movida por partidos da oposição, suspendeu a decisão do MEC com a justificativa de que as universidades têm autonomia para cobrar ou não o certificado de vacinação dos estudantes.
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