O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) aprovou, na tarde desta terça-feira (4), a criação de dois novos cursos de graduação: o de Medicina, terceiro da instituição, no campus de Bauru (SP), e o de Biotecnologia, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), do campus USP Leste na capital.
O novo curso de Medicina terá 60 vagas para o vestibular 2018, sendo 42 oferecidas através do exame da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) e as outras 18 para cotas de escola pública pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia é que até 2021 sejam oferecidas 100 vagas. O curso será vinculado à Faculdade de Odontologia de Bauru.
A formalização da nova graduação ocorrerá, porém, apenas se a Secretaria de Estado da Saúde assumir o controle do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), conhecido como Centrinho, e o hospital seria utilizado pela universidade apenas para gestão acadêmica – a parceria faria a USP economizar cerca de R$ 2 milhões.
Cotas
Na mesma reunião do CO, será votada a adoção de cotas para estudante de escola pública através dos dois meios de seleção da universidade, a Fuvest e o Sisu.
De acordo com a proposta – que, caso aprovada, será uma medida inédita na USP -, prevê o aumento progressivo de vagas para cotistas em todos os cursos e unidades, atingindo 50% das vagas até 2021. A medida já teria início em 2018, com 37% das vagas de cada unidade; em 2019, 40% das vagas em cada curso; em 2020, 45% das vagas em cada curso e período; em 2021, 50% das vagas em cada curso e período.