O Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) volta a discutir nesta quinta-feira (28) o pacote de mudanças do processo seletivo da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). O debate acontece apenas dois anos depois da USP modificar a estrutura do seu vestibular. O “novo” modelo da Fuvest, que tinha como principal objetivo uma formação mais genérica dos candidatos, foi colocado em cheque após ser considerado ineficaz em análises feitas com base no desempenho dos estudantes.
– Primeira fase da Fuvest será realizada em 27 de novembro
Entre as propostas de mudança, o Conselho discutirá se volta a considerar a nota da primeira fase da Fuvest com o mesmo peso das provas da segunda etapa. Além disso, será votada a elevação da nota mínima da primeira fase, de 22 para 27 pontos; a diminuição de 20 para 16 o número de questões da prova do segundo dia da segunda fase; a intenção de chamar entre dois e três alunos por vaga para essa etapa, hoje são chamados três vestibulandos para cada vaga; e a possibilidade de escolha de uma nova opção de curso após a terceira lista de chamada.
As mudanças que poderão ser votadas foram elaboradas por um grupo de trabalho nomeado pela pró-reitoria de graduação da USP, Telma Zorn, com base em avaliações dos últimos vestibulares e sugestões dos departamentos. Caso sejam aprovadas, essas alterações já poderão valer para o vestibular deste ano, que será realizado em 27 de novembro.
Todas essas sugestões de alterações da Fuvest foram discutidas na última reunião do Conselho de Graduação, realizada em 31 de março, mas não foram votadas. Na ocasião, o grupo aprovou a aplicação de um bônus maior para estudantes oriundos da rede pública de ensino. Esses alunos poderão ganhar até 15% a mais na nota do vestibular, de acordo com o desempenho que tiverem nas duas provas que realizarão ao logo do ensino médio, uma no segundo e outra no terceiro ano.
A bonificação faz parte do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), implantado pela primeira vez em 2007 no vestibular da Fuvest, que inclui uma série de iniciativas para ampliar o acesso do estudante de escola pública à universidade. A mudança foi proposta porque a avaliação é de que esse modelo atual não foi bem-sucedido, pois não aumentou a presença dos estudantes da rede pública na USP.
*Com informações de O Estado de S.Paulo
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