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USP e PUC-Rio são as melhores em Ciências Exatas e Informática

Nesta categoria do Prêmio Melhores Universidades 2017, USP liderou entre as públicas e PUC-Rio, entre as instituições privadas

Por Renato Garcia, Renata Costa, Simone Toledo e Lisandra Matias
Atualizado em 20 out 2017, 15h53 - Publicado em 20 out 2017, 12h00

Em sua 27ª edição, a tradicional avaliação de cursos superiores do GUIA DO ESTUDANTE mediu a qualidade de 16,7 mil graduações. A avaliação é uma pesquisa de opinião feita, basicamente, com professores e coordenadores de curso. Eles emitem conceitos que permitem classificar os cursos em bons (três estrelas), muito bons (quatro estrelas) e excelentes (cinco estrelas). Entenda como é feita a avaliação de cursos.

A partir da avaliação, são identificadas as melhores instituições de Ensino superior (IES) do Brasil – públicas e privadas – e aquelas que mais se destacam em oito áreas do conhecimento.  Entenda os critérios do Prêmio Melhores Universidades 2017 aqui.

Veja a seguir as melhores da área de Ciências Exatas e Informática em 2017:

Melhor universidade pública: USP

Modernos laboratórios e pesquisa de ponta fazem da USP a melhor na área de Ciências Exatas e Informática

USP e PUC-Rio são as melhores em Ciências Exatas e Informática
O Instituto de Matemática e Estatística (IME), na Cidade Universitária, em São Paulo (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)

No Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP,  na Cidade Universitária, em São Paulo, os alunos podem escolher entre três tipos de curso de Matemática: Matemática Aplicada; Matemática Aplicada e Computacional; e o bacharelado puro, além da licenciatura na área.

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No IME também são ministradas as aulas das graduações de Estatística e Ciência da Computação, todos com cinco estrelas na Avaliação do Guia do Estudante.

A infraestrutura do Instituto é um dos principais chamarizes aos futuros alunos. Sua biblioteca, uma das maiores da América Latina na área, tem cerca de 65 mil obras, entre dissertações, teses e periódicos, todas em processo de digitalização.

Já os laboratórios de impressão 3D e os Centros de Software Livre integram as salas de aula às mais recentes tecnologias na área da informática. O IME também repõe cerca de um quinto dos computadores todos os anos.

Segundo o professor Clodoaldo Grotta Ragazzo, diretor do IME, a forte internacionalização é outra marca do Instituto.  “Temos cerca de 20% de professores estrangeiros, além de diversos acordos para intercâmbio de alunos de graduação”, conta.

Além disso, o IME possui um periódico próprio onde são publicados os resultados de suas pesquisas, o São Paulo Journal of Mathematical Sciences.

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Física, Química e suas várias opções

Os Institutos de Física e Química, que ficam próximos ao IME, são os mais antigos no país a realizar pesquisas nas suas áreas de conhecimento. Para o professor Luiz Henrique Catalani, diretor do Instituto de Física, a estrutura da universidade é determinante para isso.

“Temos aceleradores de partículas, laboratórios de estado sólido, de cosmologia e biofísica, dentre outros, além da maior biblioteca na área de Física da América Latina”, conta.

O currículo do bacharelado em Química foi totalmente reformulado em 2014, e permite ao aluno escolher, durante o curso, entre quatro ênfases: bioquímica e biologia molecular; química tecnológica; biotecnologia; e química ambiental.

Ele também pode cursar o bacharelado puro ou a licenciatura. Em relação à Física, existe a proposta da criação de um bacharelado em Física Médica, ainda sem previsão de oferta, além de novas disciplinas de laboratório e de física avançada.

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Também está em estudo o aumento do número de matérias ministradas totalmente em inglês, para alunos estrangeiros ou que desejam realizar intercâmbio.      

Astronomia e Ciência da Computação também são destaques

Integrante do  Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, o bacharelado em Astronomia tem um currículo basicamente voltado para as áreas da Física e Matemática. Não à toa, seus alunos têm diversas aulas com professores do Instituto de Física e do IME.

Eles também são incentivados, desde o primeiro ano, a participarem do programa de tutoria científico-acadêmica, a fim de terem contato com a realidade do astrônomo profissional.

Na USP Leste, o destaque é o bacharelado em Sistemas de Informação. O curso possui um elevado grau de integração com a pós-graduação da unidade, e os graduandos podem adiantar disciplinas do mestrado antes mesmo da conclusão do curso.

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Todos os professores são, no mínimo, doutores e os alunos contam também com projetos de extensão, como empresa júnior, campeonatos de programação e cursos que eles mesmos podem ministrar para a comunidade.

Melhor universidade privada: PUC-Rio

Alunos da PUC-Rio dos cursos de Ciências Exatas e Informática transitam por diferentes áreas, recebem atenção individual e têm destaque em competições internacionais

USP e PUC-Rio são as melhores em Ciências Exatas e Informática

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Edifício Cardeal Leme, que concentra os cursos de Ciências Exatas e Informática da PUC-RioUm ambiente permeado pela pesquisa e inovação é o que os alunos dos cursos da área de Ciências Exatas e Informática da PUC-Rio encontram desde que iniciam a graduação. Com corpo docente formado, praticamente, por 100% de doutores pesquisadores, os graduandos são incentivados a fazer iniciação científica e preparados tanto para atuar no mercado de trabalho como para realizar pós-graduação em universidades brasileiras e estrangeiras.

“A maioria dos egressos parte para o doutorado fora do Brasil”, conta o coordenador do curso de Física, Marcelo Eduardo Maia da Costa. O mais recente professor contratado pelo departamento de Física é um aluno egresso do curso com doutorado na Suíça. “E ele não é o único caso”, diz.

Nos anos iniciais, os estudantes cumprem o ciclo básico e têm a oportunidade de fazer disciplinas com graduandos de outros cursos, como os de Engenharia.

Além disso, podem escolher disciplinas livres em outras graduações entre os departamentos de Matemática, Física, Química e as diversas Engenharias.

A integração também acontece envolvendo áreas afins e complementares, por meio de projetos de pesquisa em que os alunos contribuem com as especificidades de sua formação, em especial entre os cursos de Sistema da Informação com os de Ciência da Computação e Engenharia da Computação.

Bolsas e medalhas como incentivo

O curso de Matemática possui o programa de bolsas Arquimedes, criado em 2009. O departamento capta recursos junto à iniciativa privada e destina bolsas de auxílio para os alunos com melhor desempenho no vestibular e também durante o curso (para renovação). Além da isenção total da mensalidade, os estudantes também recebem um auxílio mensal.

Os alunos, em especial os de Matemática, são incentivados a participar de competições internacionais. Desde 2005, a PUC-Rio tem vencedores no International Mathematics Competition, a mais importante olimpíada universitária da área, e acumula 22 medalhas desde então, sendo 11 de ouro, sete de prata e quatro de bronze. Em 2017, a universidade ficou em primeiro lugar entre as brasileiras e em 23° na classificação mundial.

Atendimento individualizado

Por serem departamentos com poucos alunos, os professores de Física, Matemática e Química conseguem dar atenção bastante individualizada aos alunos, orientando-os sobre carreira e formação.

“Em Física temos 25 alunos em todo o departamento para as disciplinas específicas, por isso conseguimos incentivar as potencialidades deles de maneira individual, o que é bom especialmente para aqueles que chegam com alguma deficiência do ensino básico”, diz Costa.

Nos laboratórios, no máximo dois alunos dividem uma mesma posição na bancada, assim todos conseguem participar efetivamente dos experimentos. No departamento de Química, são 19 laboratórios das mais diversas especialidades, como espectometria atômica, caracterização de nanomateriais e compósitos, bem como o chamado laboratório central de análises, que reúne, desde 2014, outros laboratórios de química analítica. Nos laboratórios são desenvolvidos trabalhos para clientes reais, como a Petrobras e o Grupo Ipiranga, e a renda obtida é investida em infraestrutura de pesquisa e ensino.

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