USP lança projeto de reformulação dos cursos noturnos de graduação
Pesquisa indica que evasão é maior entre estudantes do período da noite
A Universidade de São Paulo (USP) anunciou a finalização do maior projeto de reformulação de seus cursos noturnos. O plano, que deve custar cerca de R$ 23 milhões, foi criado com o objetivo de reduzir a evasão nessas carreiras. É a primeira vez que a reitoria concentra investimentos especificamente nessas graduações.
A última pesquisa sobre evasão na universidade foi realizada em 2004 e diagnosticou que cerca de 20% dos alunos ingressantes abandonam o curso durante o primeiro semestre. A maioria das desistências ocorre entre os alunos matriculados no turno da noite, e um novo levantamento indica que a evasão está ainda maior nos cursos noturnos.
A pró-reitora de graduação, Telma Zorn, declarou que o plano de reformulação é complexo e está dividido em várias fases. A primeira delas visa a recuperação dos espaços didáticos das 43 unidades da USP, que receberão uma verba de R$ 195 mil cada uma – valor que deve servir para revitalizar seis ou sete salas de aula. As 27 escolas que possuem cursos noturnos receberão, além dessa quantia, um montante proporcional à quantidade de alunos para realização de outras melhorias. Essas verbas variam de R$ 214 mil a R$ 3 milhões e serão pagas mediante apresentação de projetos pelas escolas.
A fase dois do projeto também exige a apresentação de propostas das unidades para o desenvolvimento de atividades que proporcionem maior interesse dos alunos com base nos dados sobre evasão. A USP entende que os cursos noturnos devem ser suportados de maneira especial por causa do perfil diferenciado de seus alunos. Muitos deles trabalham e, segundo Telma Zorn, até aulas mais curtas estão sendo cogitadas para a graduação noturna.
A Coordenadoria do Campus da Capital (Cosesp) também terá participação no plano de reformulação e deve investir na iluminação, segurança, recapeamento e sinalização de vias, manutenção de jardins e praças, reforma dos pontos de ônibus do campus e melhorias no transporte, como a integração entre a Estação Butantã do Metrô e o campus da capital.
* com informações da Agência Estado
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