USP tem cursos em oito campi; saiba mais sobre cada um deles
Instituição é formada por 42 unidades de ensino e pesquisa distribuídas na capital paulista, onde fica sua sede, e no interior do estado
Criada em 25 de janeiro de 1934, a Universidade de São Paulo é responsável por cerca de um quinto da produção científica do país e figura nos principais rankings universitários globais como a melhor instituição de Ensino Superior do Brasil. Sua estrutura inclui 42 unidades de ensino e pesquisa distribuídas por oito campi localizados na capital paulista, onde fica sua sede, e no interior do estado.
A USP coloca no mercado anualmente cerca de 7 mil novos profissionais. A esse exército de recém-formados, somam-se 3.700 mestres e 2.900 doutores saídos da pós-graduação – massa crítica importante para o desenvolvimento da ciência nacional.
Por ano, a universidade abre em torno de 11 mil vagas no vestibular, e a disputa por uma delas é acirrada. A seleção dos novos alunos é feita principalmente pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), mas desde 2016 também é possível ingressar na USP usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por meio do Sisu.
Conheça, a seguir, os oito campi que fazem parte da universidade e o que cada um oferece.
São Paulo
Localizada no Butantã, a Cidade Universitária reúne 25 das 42 unidades de ensino e pesquisa da USP e concentra a estrutura administrativa de toda a universidade. Além da Cidade Universitária, São Paulo abriga também o chamado Complexo da Saúde – composto pela Faculdade de Saúde Pública, a Faculdade de Medicina e a Escola de Enfermagem (na zona oeste da cidade, no bairro de Cerqueira César) –, a Faculdade de Direito (no centro, no Largo São Francisco) e a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), também conhecida como USP Leste.
Inaugurada em 2005, a USP Leste oferece cursos que fogem às carreiras tradicionais – como Gerontologia, Obstetrícia e Gestão de Políticas Públicas – e se voltam às demandas sociais de seu entorno. O objetivo é promover uma forte interação com as comunidades da zona leste da cidade de São Paulo e desenvolver projetos de pesquisa e de extensão voltados para a solução dos problemas locais.
Lorena
Desde 2006, a Faculdade de Engenharia Química de Lorena (Faenquil), criada em 1969, passou a integrar a USP. Nela foi desenvolvido, nos anos 1970, o Proálcool. Oferece as seguintes engenharias: Química, Bioquímica, Ambiental, Física, de Produção e de Materiais.
Bauru
Considerado o campus da saúde, é onde localiza-se a Faculdade de Odontologia de Bauru, que forma dentistas desde a década de 1960 e fonoaudiólogos desde os anos 1990. Nos primeiros anos, os dois cursos seguem um ciclo básico. Posteriormente, o currículo passa a contar com disciplinas profissionalizantes. O Centrinho, hospital especializado em anomalias craniofaciais e deficiências auditivas – o maior da América Latina e referência no Brasil e no exterior – e a Clínica-Escola de Fonoaudiologia e de Odontologia também fazem parte da universidade.
Pirassununga
Cursos que têm foco na criação de animais e na produção de alimentos – Medicina Veterinária, Zootecnia, Engenharia de Alimentos e Engenharia de Biossistemas – são oferecidos no maior campus da USP em extensão territorial, com cerca de 2,3 mil hectares de área. É onde funciona a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, inaugurada em 1992, e que tem origem em uma grande fazenda, que se tornou uma escola prática de agricultura na década de 1940. Por causa disso, o campus tem pastagens, plantações e rebanhos de bovinos, suínos, caprinos e búfalos, além de reservas com vegetação preservada. O campus ainda conta com uma fábrica de ração, um matadouro-escola e um hospital veterinário.
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Piracicaba
A cidade é sede da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), fundada em 1901 e incorporada à USP em 1934. Trata-se da escola de Agronomia mais antiga do Brasil e mundialmente reconhecida. Sua localização não se deu à toa, pois a produção de cana-de-açúcar da cidade está entre as maiores do Brasil. Suas inúmeras pesquisas contribuíram para o desenvolvimento da agricultura no país. Oferece os cursos de Ciências dos Alimentos, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Gestão Ambiental, entre outros. No campus também funciona o Centro de Energia Nuclear na Agricultura.
Ribeirão Preto
O campus tem ênfase na área da saúde, com os tradicionais cursos de Enfermagem, Farmácia-Bioquímica, Medicina e Odontologia. Conveniados à Faculdade de Medicina, estão o Hospital das Clínicas, o Hemocentro e o Centro de Medicina Legal. Mas o campus também oferece opções tão diversas quanto as da Cidade Universitária. Além da Faculdade de Filosofa, Ciências e Letras, incorporada à USP nos anos 1970, foram criadas novas unidades a partir dos anos 2000: a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, em 2002, e a Faculdade de Direito e a Escola de Educação Física e Esporte, ambas em 2007. A cidade de Ribeirão Preto é considerada um polo tecnológico.
São Carlos
O campus de São Carlos, a 230 km da capital, oferece opções para quem quer estudar exatas e tecnologia. Lá estão a Escola de Engenharia, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, o Instituto de Física, o de Química e, desde 2010, o de Arquitetura e Urbanismo. Juntas, essas unidades oferecem 21 cursos de graduação. São Carlos é a primeira cidade da América do Sul em números de doutores por habitante – um para cada 180. O município é considerado um espaço de excelência tecnológica no estado, onde se instalaram empresas que desenvolvem produtos e serviços de tecnologia avançada, algumas inclusive fundadas por ex-alunos da universidade.
Santos
O mais novo campus da USP, inaugurado em 2012, oferece um único curso, Engenharia de Petróleo. Criado para atender à demanda por profissionais da área, essa graduação foi instalada no litoral por causa da descoberta da camada do pré-sal na Bacia de Santos. A universidade pretende inaugurar, em 2018, um novo curso – Engenharia de Complexidade, desenvolvida em conjunto com o Groupe des Écoles Centrales, da França. A ideia é formar profissionais capazes de lidar com problemas complexos do século XXI, como a distribuição global da produção e do trabalho.