Estudantes relatam problemas durante prova do Enem e aguardam soluções
Alunos contam sobre falta de orientação dos fiscais durante o exame e apreensão por não saberem se, no fim das contas, exame será válido
As expectativas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, que aconteceu no último fim de semana (6 e 7 de novembro) eram grandes: além de bater recorde de inscritos, 4,6 milhões, 92 mil vagas seriam preenchidas em universidades federais, que usariam o exame do Ministério da Educação (MEC) como etapa única de seus vestibulares.
Veja no mapa do Enem como as principais universidades do Brasil usarão a nota do Enem,
Mas erros durante a aplicação da prova trouxeram muita dor de cabeça para quem passou o fim de semana resolvendo 180 questões e escrevendo uma redação.
– Entenda os motivos que levaram à suspensão da prova
A ordem invertida das perguntas na folha de respostas confundiu os estudantes, que recebiam orientações variadas dos fiscais. No Facebook, eles relataram o problema. "Primeiro eu comecei a responder no gabarito e ainda não tinham comentado sobre os erros do gabarito. E as informções que os fiscais nos passavam mudavam de hora em hora", diz Ranny Barros.
Eduardo Almeida conta que, na sala dele, os fiscais passaram as indicações adequadas: “deram logo as informações de que os gabaritos deviam ser respondidos na ordem normal e que qualquer problema com as provas, elas podiam trocar. Pena que não foi assim em todo lugar”.
Proibições
Relógios também eram proibidos pelo MEC, como medida de segurança. Isso trouxe mais problemas para os alunos que precisavam controlar a hora e administrar o tempo de resolução:
"O fiscal de prova não informava a hora regurlamente, as pessoas tinham que ficar perguntando e isso desconcentrava", conta Ana Almeida.
Mas nem foi o relógio fora-da-lei que causou mais indignação, mas sim proibirem lápis e borracha. Apesar da norma, cada local adotava uma prática. "Os fiscais não informaram as horas e tinha gente usando relógios, lápis e borracha e não foram impedidos", diz Lucas Correia no Facebook.
Nova prova?
Muitos alunos reclamam que durante a prova não tiveram problemas, mas somente agora, com a decisão judicial suspendendo o exame e a possibilidade de uma nova prova, sem definir ainda se seria para todos ou apenas para os prejudicados.
"Muita dor de cabeça por ter passado o ano inteiro me preparando para o Enem e agora não ter a certeza se eu vou poder concorrer a uma bolsa no Prouni ou a vagas em universidades federais. Não sabemos como ficarão as coisas, se teremos ou não que realizar a prova novamente", desabafa Natalia Almeida.
Para Lucas Monteiro, falta o Inep ouvir mais os estudantes: "Não concordo com o fato do presidente do Inep ter dito que deu problema para poucos. Ele deveria ouvir os pré-vestibulandos, seria uma lição de humildade, coisa que, pra mim, falta para o Inep".
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