Inep estuda alterar correção da redação do Enem
Textos com notas discrepantes acima de 300 pontos seriam avaliados por 3 corretores
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) estuda alterar o modelo de correção da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Hoje, um texto é corrigido por dois especialistas e, se houver discrepância superior a 300 pontos, passa por apenas um terceiro corretor. Com as mudanças, a redação seria reavaliada por uma banca com três especialistas.
A alteração poderá ser anunciada nas próximas semanas pelo presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa. Por enquanto, as mudanças ainda estão sendo estudas internamente. O Inep também avalia reduzir a diferença de pontos para uma terceira correção de 300 pontos, o critério atual, para 200. Anteriormente o Instituto já diminuiu esse número de 500 para 300 pontos.
Problemas com correções
O Ministério da Educação admitiu que 129 redações do Enem 2011 apresentaram erro na correção. As provas tiveram falhas no escaneamente ou o número trocado no envelope. As notas foram alteradas.
A partir deste ano, todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão acesso à correção da prova de redação, em cumprimento a um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) no ano passado. O edital do Enem 2011 não previa que o candidato possa entrar com recurso para reclamar da nota obtida. Por isso, muitos estudantes entraram com pedidos na Justiça para ter acesso à prova e, em alguns casos, tentar alterar a nota.
No entanto, em janeiro, a Justiça suspendeu liminar do MPF e negou acesso à correção do Enem 2011, que tinha sido concedida pela Justiça Federal no Ceará a todos os candidatos. A justificativa do desembargador Paulo Roberto de Oliveira Lima foi a de que a disponibilização das provas para quase 4 milhões de estudantes iriam “tumultuar as coisas, do que torná-las mais eficazes”.
*Com informações de O Estado de S. Paulo
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