Professores da UnB decidem pelo fim da greve; outras instituições federais também começam a retomar as aulas
MEC reafirmou que as negociações com os sindicatos dos docentes estão encerradas
Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram hoje, em uma assembleia, pelo fim da greve na instituição e pelo retorno imediato às aulas. Já foram definidas as datas do novo calendário, que deve ser aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Graduação (CEPE) na próxima quinta-feira, 23.
A reposição das aulas do primeiro semestre de 2012 será cumprido entre os dias 20 de agosto e 6 de outubro. O segundo semestre terá início com as atividades acadêmicas da Semana Universitária, entre os dias 22 e 27 de outubro. As aulas vão começar no dia 29 de outubro e irão até o dia 8 de março de 2013. O recesso de fim de ano acontece entre os dias 23 de dezembro e 6 de janeiro de 2013. A universidade prometeu mais informações em breve.
Professores em greve fazem manifestação em frente ao Palácio do Buriti em Brasília (Elza fiúza/ABr)
Outras instituições voltam às aulas
Outras universidades e institutos federais também começam a retomar as aulas. Entre elas estão as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); de São Carlos (Ufscar), no campus de Sorocaba; de São Paulo (Unifesp), no campus de Guarulhos; de Santa Catarina (UFSC); 12 campi do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e três do Instituto Federal do Acre (IFAC).
O Ministério da Educação reafirmou que as negociações com os sindicatos dos docentes estão encerradas e que não há hipótese de rever o critério da titulação na progressão. Parte da nota explica:
"O maior aumento no salário (40%) destina-se ao professor titular com dedicação exclusiva, o que eleva o atual vencimento de R$ 12,22 mil para R$ 17,05 mil. Um professor com doutorado, recém-ingressado na carreira, passa a receber salário de R$ 8,4 mil durante o estágio probatório. Concluído esse período, de três anos, chegará a R$ 10 mil. A proposta prevê aumentos que variam entre 25% e 40% sobre os salários de março, já reajustados, a serem pagos em 2013, 2014 e 2015, na proporção de 50%, 30% e 20%. O reajuste, a partir de março de 2013, será de no mínimo 13%. Isso representa impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento federal. Nos próximos dias, o Ministério do Planejamento vai enviar ao Congresso Nacional, na Lei Orçamentária Anual (LOA), a proposta de carreira dos professores das universidades e dos institutos federais, já apresentada às entidades representativas dos professores. O Ministério da Educação tem acompanhado junto às instituições os planos de reposição das aulas perdidas durante a greve e pretende supervisionar diretamente a aplicação do calendário letivo."
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Segundo os cálculos do MEC, os professores terão de trabalhar em dezembro e janeiro e, em alguns casos, também em fevereiro do próximo ano.
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