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Fuvest: estudantes da USP contam como passaram vésperas da 2ª fase

Alunos de oito cursos diferentes relembram réveillon do ano do vestibular

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h44 - Publicado em 30 dez 2009, 17h56

por Fábio Brandt

Victor Pontes entrou em Farmácia em 2006 e, para isso, passou as semanas anteriores à segunda fase treinando redação. Pedro Paulo começou o curso de Ciência da Computação em 2005 e garante que o estudo intenso marcou o fim de seu 2004, “um ano deprimente”. Mas Fernando Pimenta teve um réveillon tranquilo em 2008, antes de fazer as provas que o colocaram no curso de Letras da USP. Débora Setton também não estudou durante as férias e foi aprovada pela Fuvest 2007 em Engenharia.

Confira o relato de oito estudantes de cursos diferentes da USP que podem te ajudar a decidir o que fazer nesta virada de ano e ir mais tranquilo para a segunda fase:

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Pedro Paulo de Souza Bento Silva, 24 anos – ingressou em Ciência da Computação em 2005

“Estudei muito, muito. Eu não tinha me preparado pra segunda fase, só tinha estudado o modelo da primeira fase. Quando comecei a fazer provas antigas, descobri que não sabia fazer provas discursivas, principalmente de exatas. É complicado fazer a prova certinho, demonstrar a conta, demonstrar o raciocínio formalmente”, relembra Pedro. As festas de fim de ano, ele passou com os pais. “Fiquei dia 24 e 25 sem fazer nada. Dia 31 e dia primeiro sem fazer nada. Mas nos outros dias, já estava estudando. Foi uma maratona de louco, um ano deprimente. Entrei na USP já deprimido. Felizmente teve a semana [de recepção] dos bichos pra alegrar”, comenta.

– Guia de Profissões: Ciência da Computação

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Fernando Pimenta, 19 anos – ingressou em Letras em 2009
“Passei as semanas anteriores à segunda fase com a família, em Lorena [interior de São Paulo]. Lá moram minha tia e minhas primas pequenas e tinha bastante coisa pra fazer, o dia todo, não dava pra ficar pensando no vestibular. Curti as festas de fim de ano normalmente. A tensão mesmo é na hora da prova”, conta o estudante. Mesmo assim, ele levou apostilas do cursinho na viagem e leu um pouco dos resumos. “Mas quando chegou a hora da prova, não caiu nada que eu tinha estudado nas férias. Em geografia, caiu o que eu li no jornal o ano todo, como problemas de Roraima e bastante geopolítica. Quem leu jornal durante o ano, se deu bem. Estudar serviu pra dar mais confiança na hora da prova. Mas ajudar, não ajudou não”, conclui Fernando.

– Guia de Profissões: Letras

Victor Pontes, 24 anos – ingressou em Farmácia em 2006
“Eu já sabia basicamente toda a matéria, porque já tinha estudado pra primeira fase. Só fiz muito mais exercícios dissertativos e tive o trabalho de fazer direitinho, de escrever todos os detalhes [da resposta], com mais calma”, lembra Victor. Ele ainda aproveitou as semanas anteriores à segunda fase para praticar a composição de redações, pois considerava “ruim” sua habilidade de escrita. “Era meu fraco e sabia que era importante. Um ano antes, eu tinha sido medíocre em redação. Quando passei fiz 20 pontos de 40 em português”.

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– Guia de Profissões: Farmácia

Fernando Ribeiro, 20 anos – ingressou em Marketing em 2008

“Antes da segunda fase continuei estudando, mantive o ritmo, mas só nas específicas [português, matemática, história e geografia]. Eu acordava cedo e ficava até de noite fazendo exercícios. Peguei provas dos anos anteriores na internet e treinei escrever, porque falar é diferente de montar uma resposta”, relata Fernando. “Nesse período, geralmente eu estava de férias, então costumava sair direto. Mas nesse ano, por causa do vestibular, não sai. Não fui em festa nenhuma. Lembro que, no ano anterior, tinha ido na Paulista para o réveillon”, acrescenta o estudante.

– Guia de Profissões: Marketing

Débora Setton Fernandes, 20 anos – ingressou em Engenharia em 2007
“Não lembro muito bem como passei essa semana, mas acho que não estudei muito não. Quando fica muito em cima da hora, parece que não dá pra fazer muita coisa. Não dá pra recuperar três anos de colegial em duas semanas. Eu ficava com essa pressão de ter pouco tempo e não conseguia estudar, nem me concentrar. Mas deu certo, graças ao preparo dos três anos anteriores”, conta a estudante, que não fez cursinho.

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Leonardo Zanon Catto, 23 anos – ingressou em Jornalismo em 2005
“Uma semana depois da primeira fase, eu pintei as paredes do meu quarto de amarelo-creme pra relaxar. Continuei estudando durante a semana, mas entre o Natal e Ano Novo não estudei. Eu tinha feito cursinho por um ano, então só dei uma revisadinha leve. Estudar na véspera só serve pra descobrir coisas que não sabe. Atrapalha”, afirma o estudante. Com as festas de fim de ano, ele diz não ter tido problemas, pois comemorou “em família”.

– Guia de Profissões: Jornalismo

Cristiane Tiemi Biajoli Yagasaki – ingressou em Nutrição em 2006
“Não estudei pro vestibular, nem antes da segunda fase. Nunca estudei e só fui aprender a estudar no primeiro ano da faculdade”, lembra a estudante. No colegial, ela “assistia as aulas e só”. “Acho que passei porque estava muito desencanada, nem pretendia entrar naquele ano. Mas minha mãe me mandou prestar Fuvest e tive que fazer. Também acho não ia aguentar fazer cursinho, todo mundo alienado só falando disso”, comenta Cristiane, que passou as semanas anteriores à segunda fase com os pais. Para quem fará a prova neste ano, ela recomenda ficar calmo e não se desesperar com o resultado da prova.

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– Guia de Profissões: Nutrição

Gabriel Sepe, 23 anos – ingressou em Arquitetura em 2005“Não estudei na semana do Natal. Curti as festas e retomei os estudos em janeiro, mas só um pouco, porque já estava em cima das provas. Acho que depende da sua tranquilidade, se você precisar estudar nessa época, fica complicado. Conta muito a tranquilidade na hora do vestibular”, sugere Gabriel. Para a prova específica da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), “não tem muito o que fazer depois da primeira fase”, avalia o estudante. “Tem que ter um trabalho continuado de desenho, desenho geométrico. Não tem como revisar, o máximo que pode é você direcionar os estudos pras habilidades que vão pedir na prova. Também acho bobagem essa coisa de talento. O que tem que conseguir é responder ao problema pedido de forma gráfica, e tem como dar soluções mais ou menos criativas ao problema”.– Guia de Profissões: Arquitetura e Urbanismo

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