O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou em relatório os resultados individuais do Enem 2016. Só 77 candidatos tiveram nota máxima na redação e uma pessoa conseguiu somar mais de 800 pontos na prova de Linguagens. Veja as notas por área do conhecimento:
Ciências humanas e suas tecnologias
Média: 536
Mínima: 317,4
Máxima: 859,1
1.804 zeraram a prova
Linguagens e códigos e suas tecnologias
Média: 523,1
Mínima: 287,5
Máxima: 846,4
3.862 zeraram a prova
Matemática e suas tecnologias
Média: 493,95
Mínima: 309,7
Máxima: 991,5
5.734 zeraram a prova
Ciências da natureza e suas tecnologias
Média: 482,3
Mínima: 316,5
Máxima: 871,3
3.109 zeraram a prova
Redação
Apenas 77 candidatos alcançaram a nota máxima (1000). O número total de estudantes que levaram nota zero ou tiveram a anulação da prova foi de 291.806. Dentre os principais motivos, estão:
– Não comparecimento ao segundo dia ou apresentação da redação em branco: 206.127.
– Fuga ao tema: 46.874
– Parte desconectada: 13.276
– Cópia de texto motivador: 8.325
– Texto insuficiente: 7.348
– Não atendimento ao tipo textual: 3.615
– Trechos que ferem os direitos humanos: 4.798 redações.
Como o Inep chega à nota de cada área?
Essa nota é calculada pelo por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo estatístico que permite que diferentes edições da prova sejam comparáveis. Veja como funciona:
– Para o cálculo da nota, leva-se em conta não apenas o número de acertos do candidato, mas também o nível de dificuldade de cada item. As perguntas são divididas previamente em grupos: fáceis, médias e difíceis. Elas estão misturadas ao longo da prova e não estão sinalizadas, o estudante não sabe qual questão pertence a qual grupo.
– Através de estatísticas e teorias matemáticas, a TRI analisa as respostas do aluno: se constata que ele errou muitas perguntas da categoria “fácil” e acertou muitas perguntas da categoria “difícil”, considera o fato estatisticamente improvável e deduz que ele chutou.
– Assim, a média do aluno que chutou cai. No final, a nota não depende apenas do valor absoluto de acertos. Depende também da dificuldade das questões que se acertou ou errou.
Para o Enem, o objetivo da TRI é evitar que o candidato consiga se valer do fator sorte na hora de responder as questões. Assim reforça-se a cultura de que o importante é uma boa preparação para a prova, uma leitura calma e concentrada das questões e uma reflexão consistente na hora de respondê-las. Chute não tem lugar.
O relatório do Inep pode ser consultado neste link.