Elimine estes hábitos se quer ser aprovado no vestibular este ano
Alguns hábitos que reproduzimos sem perceber podem atrasar a vida. Veja quais todo estudante precisa cortar agora mesmo
Um novo ano de estudos começou e com ele renovam-se também as chances de aprovação no vestibular. Esteja você enfrentando essa maratona pela primeira ou segunda vez, saiba que a jornada não costuma ser fácil – mas, se traçada da maneira certa, não precisa ser impossível.
Que tal, então, começar desapegando de todas as práticas que podem estar segurando o seu rendimento?
O GUIA DO ESTUANTE listou aqui 7 hábitos que todo estudante deveria cortar da sua rotina agora mesmo caso queira ser aprovado em 2024. Vamos lá?
1 – Viciar-se em uma única técnica de estudo
Na hora dos estudos, é preciso estar consciente dos hábitos cultivados. Não são poucos os comportamentos que reproduzimos no modo automático, sem refletir se estão funcionando ou não. Tudo é subjetivo, claro, mas se tratando de maneiras de absorver informações e conteúdos, há duas técnicas principais. Ambas funcionam perfeitamente juntas, mas é preciso saber quando e como usá-las sabiamente.
- Estudo passivo: é caracterizado pelo simples recebimento de informações, isto é, somente ouvir ou ler uma informação. O maior risco dessa técnica é que ela pode ser viciante – o aluno só estuda a teoria, mas não pratica. Por isso ela é ideal para ser usado como ponto de partida, no primeiro contato com o conteúdo.
- Estudo ativo: envolve criar algo a partir das informações recebidas, como resolver questões, fazer anotações, resumos ou explicar o conteúdo a si mesmo ou a outros. Proporciona uma aprendizagem mais eficaz, especialmente ao enfrentar questões dissertativas em provas, exigindo uma recuperação mental mais profunda do conteúdo. Ideal para matérias de exatas.
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2 – Seguir um cronograma pronto
Com a modernização e aperfeiçoamento dos métodos avaliativos, se torna cada vez mais necessário adotar uma estratégia personalizada na hora de estudar. A máxima se aplica, principalmente, aos estudantes que estão em fase de preparação para o vestibular. Criar um cronograma de estudos personalizados permite que o aluno priorize suas dificuldades e objetivos.
Apenas seguir o cronograma disponibilizado pela escola ou professores pode não ser eficaz para suprir demandas particulares – principalmente se tratando de um segundo ou terceiro ano de cursinho.
O cronograma deve conter momentos de prática de exercícios, resolução de provas antigas, revisão espaçada e um foco nas disciplinas de maior peso na nota. Essa abordagem não apenas aprimora a eficácia dos estudos, mas também promove uma rotina mais saudável, permitindo flexibilidade para atividades sociais e lazer.
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3 – Não levar as horas de sono a sério
Quem nunca ficou até de madrugada para terminar um trabalho ou botar a matéria em dia? Priorizar o estudo em detrimento do sono é uma prática comum, mas extremamente prejudicial para o desempenho intelectual. O sono de qualidade tem um papel crucial na consolidação do conhecimento e informações, afetando diretamente a memória, concentração e desempenho.
Recomenda-se reservar 7 a 8 horas para garantir um sono adequado diário, especialmente porque é na fase REM (Rapid Eyes Movement) – alcançada em momentos de sono profundo –, que o armazenamento e memorização das informações é consolidado. A privação prolongada de sono pode ainda resultar em impactos negativos na saúde mental, incluindo depressão.
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4 – Dividir a atenção com muitas coisas simultaneamente
A dificuldade de concentração da Geração Z é um tópico frequente nas redes sociais, e já virou até meme com o jogo Subway Surfers. A verdade é que, sendo nativos da era dos conteúdos, focar somente em uma atividade por vez parece se tornar cada vez mais distante para os genZ. Estudar ouvindo música, usar o celular no banho, assistir TikTok enquanto lava a louça… são inúmeros os exemplos de situação onde a atenção é dividida em vários pedacinhos.
E não é só meme, viu? Pesquisadores da Universidade de Sussex, nos Estados Unidos, sugerem que o uso simultâneo de dispositivos de mídia, como smartphones, computadores e TVs, pode estar influenciando a estrutura do nosso cérebro. A pesquisa está alinhada com outros estudos que apontam as conexões entre a multitarefa e a falta de atenção, além de indicar possíveis impactos emocionais, como sintomas de depressão e ansiedade.
Para otimizar o rendimento nos estudos, é recomendável estabelecer períodos sem distrações eletrônicas, promovendo um ambiente propício para a concentração e assimilação do conteúdo. A prática não apenas beneficia o desempenho acadêmico, mas também contribui para o bem-estar emocional e mental a longo prazo. Pode acreditar!
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5 – Deixar as matérias mais difíceis para o fim do dia
No início de um dia de estudos, optar pelas disciplinas mais desafiadoras primeiro é uma eficaz estratégia. Ela vai na contramão da intuição de adiar tudo que é mais difícil – atitude esta que, por vezes, resulta na temida procrastinação. Encarando-as logo de cara, evitamos que a fadiga do fim do dia, que é quando nossa energia e força de vontade já estão menores, convença o cérebro a simplesmente deixar tudo para o dia seguinte.
Desta forma, priorizar as disciplinas essenciais logo no início do dia contribui para uma gestão mais eficiente do tempo, minimizando as chances de deixar as responsabilidades mais importantes para depois. Adotar essa abordagem pode potencializar a produtividade e garantir um progresso consistente nos estudos.
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6 – Não intercalar leituras
Esta vale especialmente para os estudantes que irão prestar vestibulares com listas obrigatórias de livros, como a Fuvest e a Unicamp. Vamos combinar: tem dias que a disposição para se envolver em uma narrativa complexa – como a maioria dos livros cobrados no vestibular – é bem pequena (ou melhor, nula), ao mesmo tempo que a vontade de mergulhar em um romance leve e divertido é imensa.
Reconhecendo a variação dessas preferências, uma sugestão valiosa é intercalar a leitura entre dois livros. Calma! Isso não implica saltar constantemente entre os dois, mas sim ampliar as opções, permitindo que você escolha o que mais lhe atrai a cada dia. Por mais que possa deixar a conclusão de um livro mais lenta, a abordagem aumenta as chances do hábito da leitura não ser simplesmente abandonado. Dá até mesmo para fazer pequenos desafios consigo mesmo: ler um capítulo de um romance somente depois de ler dois da obra obrigatória, por exemplo.
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7 – Não estabelecer pequenas metas
Definir metas realizáveis a curto prazo é uma ótima estratégia para estimular a motivação e manter o ritmo dos estudos. É normal querer “maratonar” um conteúdo para acabá-lo mais rápido, mas a ousadia pode acabar em frustração quando a meta não for alcançada. Ao definir um cronograma personalizado, adotar práticas de estudo ativo e revisão espaçada, é mais do que ideal adotar metas a curto prazo.
Não há problema nenhum em estabelecer objetivos mais modestos, como finalizar apenas uma parcela dos exercícios ao invés de zerá-los. O crucial é manter-se motivado, comprometendo-se diariamente. Lembre-se que no dia a dia é muito mais fácil se comprometer com uma tarefa que seja realista – e que traga motivação com a sua conclusão –, do que com uma que seja impossível e lhe traga somente estresse e frustração.
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