da redação
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidirá entre maio e junho se adotará cotas no vestibular deste fim de ano, anunciou na última terça-feira (11) o reitor Aloísio Teixeira. O concurso atrai, anualmente, mais de 70 mil candidatos.
A discussão existe desde 2002, quando a “concorrente” Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) adotou reserva para estudantes de escolas públicas. Agora, o tema vai à votação do Conselho Universitário (Consuni).
O reitor, presidente do conselho, é abertamente contrário, mas garante que não interferirá na decisão. Caso as cotas sejam aprovadas, será necessário decidir o modelo de servas – vagas para negros, alunos de escola pública ou estudantes de baixa renda.
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A discussão de cotas teve uma importância imensa porque ela recolocou na ordem do dia a questão sobre a redemocratização do acesso. Mas, no caso brasileiro, ela acaba criando uma ilusão que vamos resolver por esse caminho, disse o reitor à Agência Brasil.
Para ele, o problema da universidade brasileira não é abrir espaços para minoria, mas para a maioria. Hoje, [no Brasil] 13% dos jovens, entre 18 e 24 anos, cursam instituições de ensino superior. A média da América Latina é de 32%. Países da Europa e os Estados Unidos [a média] é de 60 a 70% dos jovens, afirmou o reitor.
O tema voltou à pauta da UFRJ depois de um professor do Instituto de Economia, Marcelo Paixão, encaminhar projeto pedindo acesso diferenciado na universidade. Nas estaduais, UFF (Universidade Federal Fluminense), há bônus na nota para alunos que estudaram em escolas públicas.
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