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​​7 cursos para quem quer trabalhar com comida

Tem nutrição e gastronomia, é claro. Mas há muitas outras graduações que possibilitam trabalhar com alimentos. Conheça-as aqui

Por Carolina Unzelte
Atualizado em 13 jun 2023, 17h41 - Publicado em 7 jun 2023, 10h40

“Comida é tudo o que somos”, disse Anthony Bourdain, chef norte-americano e apresentador de programas de gastronomia, que faleceu em 2018. “É uma extensão da sua história pessoal, da sua região, do seu bairro, da sua tribo, da sua avó”. De fato, é difícil encontrar quem não tem algum tipo de relação especial com comida. Cozinhar, desenvolver receitas, produzir alimentos, aperfeiçoar ingredientes: para trabalhar com comida, é possível atuar nas três áreas do conhecimento: tanto nas biológicas, quanto nas humanas e exatas

Por isso, o GUIA DO ESTUDANTE preparou um cardápio de cursos completo para você que quer fazer uma graduação com muito sabor. 

1. Bioquímica

A bioquímica é o campo da ciência que estuda os processos que acontecem em organismos vivos, usando conceitos de biologia e química para isso. O metabolismo de alimentos é um dos processos estudados nesse curso, o que permite que bioquímicos possam atuar na indústria alimentícia, ao analisarem e melhorarem ingredientes de comidas e bebidas. 

Na graduação, bioquímicos estudam, por exemplo, a atuação de enzimas, as biomoléculas que aceleram reações químicas. Em comidas fermentadas, as enzimas atuar aumentando a velocidade de fermentação de pães, iogurtes ou  bebidas alcoólicas, como cerveja o vinho. Cabe ao bioquímico obter as enzimas adequadas para cada um desses alimentos dentro de indústrias, bem como analisar os efeitos de seu uso. 

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+ Conheça o curso e a profissão de Bioquímica em 9 fatos

2. Ciências dos alimentos

Apesar de ser um curso das biológicas, a graduação em ciência dos alimentos tem uma grande amplitude na em sua grade curricular. Nela, o aluno adquire conhecimentos tanto sobre a composição e produção industrial do alimento, quanto as consequências dele na mesa do consumidor, isto é, implicações ambientais e econômicas também são estudadas.

Essa variedade de áreas se traduz em diversas atuações profissionais. Alguém formado em ciências dos alimentos pode atuar em uma fazenda, pensando em melhores maneiras de armazenar, conservar e transportar produtos que ali são produzidos. Também pode fazer carreira em laboratórios, analisando amostras para garantir que novos produtos alimentares sejam seguros. Ou ainda trabalhar no setor público, em vigilâncias sanitárias responsáveis por fiscalizar restaurantes e comércios de alimentos.

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3. Engenharia de alimentos

Diferente de quem se dedica às ciências dos alimentos, o engenheiro de alimentos é um profissional das exatas, que se dedica somente à parte industrial da produção de comidas. Seu objetivo principal é otimizar a fabricação de alimentos, produzindo mais em menos tempo (as graduações costumam incluir disciplinas de administração, por exemplo). E, claro, tudo isso garantindo padrões de qualidade e segurança. 

Para atingir essas metas, o engenheiro de alimentos pode utilizar novas tecnologias e técnicas de gestão variadas, escolhendo matérias-prima e desenvolvendo máquinas, por exemplo. Isso pode envolver ficar atento a novos ingredientes, como os transgênicos, que usam sementes geneticamente modificadas, e analisar o custo-benefício de incorporá-los à produção de comida. 

+ Procure esses e outros cursos na nossa busca de universidades

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4. Gastronomia 

O curso clássico para amantes da boa comida envolve mais do que aprender a cozinhar. Com essa graduação, o estudante tem aulas práticas no balcão da cozinha, mas também teóricas, com noções de bioquímica e microbiologia. Também não é incomum ter disciplinas de empreendedorismo e administração na faculdade, úteis para quem quer começar seu próprio negócio.

Mas nem só de restaurante vive o gastrônomo. Todos os lugares com um restaurante têm um lugar para eles, desde residências oficiais de autoridades, como embaixadores, até spas e parques. Os chefs também podem atender a domicílio ou elaborando menus para festas e reuniões. 

5. Hotelaria

O estudante de hotelaria vai ter uma visão completa dos serviços de hospitalidade, como hotéis, pousadas e resorts. Isso inclui, é claro, também a administração de comidas e bebidas servidas no local. Além disso, o curso prepara para a organização de eventos, finanças aplicadas ao setor e coordenação de equipes. 

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Como hoteleiro, você vai pensar, em conjunto com o chef de cozinha, menus para o restaurante. Ao receber grandes grupos de hóspedes, como para convenções de empresas, você deve se certificar de restrições e preferências alimentares, por exemplo. 

6. Nutrição

Essa graduação foca nas relações de equilíbrio entre alimentação e saúde. Assim, estuda os padrões alimentares que levam a vidas mais saudáveis, levando em consideração os hábitos, a cultura e as possibilidades econômicas de um indivíduo. Assim, na grade curricular, o estudante de nutrição vai encotrar matérias como anatomia humana, sociologia da alimentação e segurança alimentar.

Além da atuação em consultórios, o nutricionista pode planejar menus para escolas, hospitais, casas de repouso, etc. Para isso, deve conhecer a faixa etária, rotina e as condições de saúde de quem vai comer as refeições. Esse profissional também pode atuar com atletas em academias, elaborando as comidas para quem busca alto rendimento físico.

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+ Nutricionista faz residência médica?

7. Saúde pública

Se o médico se ocupa da saúde de um indivíduo, quem estuda saúde pública está preocupado com as condições de uma comunidade. Para isso, leva em conta diversos fatores além dos parâmetros de saúde, como aspectos demográficos, políticos, ambientais e sociais. Na graduação, os alunos se dedicam a matérias como bioestatística, sociologia da saúde e epidemiologia, por exemplo. 

É só lembrar da pandemia para saber que quem se forma em saúde pública pode ter um papel importante em governos durante emergências sanitárias. Mas esses profissionais também podem trabalhar com comida ao desenvolverem planos de nutrição adequados para populações com problemas crônicos de saúde. Podem também bolar políticas públicas voltadas à merenda das escolas, por exemplo. Se trabalharem em unidades de saúde, podem, por exemplo, atuar em programas de promoção de alimentação saudável para diversas faixas etárias, de crianças a idosos. 

 

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