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Podcast Marca Texto analisa ‘Sonetos escolhidos’, de Luís de Camões

Veja o contexto da obra com o professor Maurício Soares, do curso Anglo.

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 10 ago 2021, 14h41 - Publicado em 27 jul 2021, 12h41

O Marca Texto explica de forma descomplicada as obras cobradas na Fuvest, Unicamp e principais vestibulares do Brasil. O podcast é uma parceria do GUIA DO ESTUDANTE com o Curso Anglo.

Neste episódio, o professor Maurício Soares, do curso Anglo, destrincha os ‘Sonetos escolhidos’, de Luís de Camões. A obra é cobrada no vestibular da Unicamp. Por ser domínio público, você pode baixar nesse link.

Os sonetos cobrados aparecem em ordem alfabética:

A fermosura desta fresca serra (1668 – soneto 136)

Ah! Minha Dinamene! Assi deixaste (1685-1668 – soneto 101)

Alma minha gentil, que te partiste (1595 – soneto 080)

Amor é um fogo que arde sem se ver (soneto 005)

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Busque Amor novas artes, novo engenho (l595 – soneto 003)

Cá nesta Babilônia? donde mana (1616 – soneto 120)

Como quando do mar tempestuoso (1598 – soneto 043)

De vos me aparto, ó vida! Em tal mudança (1595 – soneto 057)

Enquanto quis Fortuna que tivesse (1595 – soneto 001)

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Esta lascivo e doce passarinho (1595 – soneto 014)

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (1595 – soneto 092)

Na ribeira do Eufrates assentado (soneto 129)

O Céu, a terra, o vento sossegado (1616 – soneto 106)

O dia em que eu nasci, moura e pereça (1860 – v)

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O tempo acaba o ano, o mês e a hora (1668 – soneto 133)

Pede o desejo, Dama, que vos veja (1595 – soneto 008)

Quando de minhas mágoas a comprida (soneto 100)

Sete anos de pastor Jacob servia (1595 – soneto 030)

Transforma-se o amador na cousa amada (1595 – soneto 020)

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Vencido estáde amor meu pensamento (1685-1668 – soneto 145)

O soneto é uma forma poética que segue regras fixas. Surgido na Itália, o modelo mais consagrado possui catorze versos, distribuídos em duas estrofes de quatro versos (quadras) seguidas de duas de três versos (tercetos). Essa era a forma praticada pelo italiano Francesco Petrarca (1304-1374), a grande inspiração de Camões. No soneto clássico, os versos eram decassílabos, a grande novidade formal do Classicismo renascentista (ou Quinhentismo).

Abaixo, leia um dos sonetos que o professor Mauricio cita durante o podcast.

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve – as saudades.

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O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

++ Fuvest e Unicamp 2021: veja a lista de obras obrigatórias do vestibular

Os ‘Sonetos escolhidos’ de Camões tratam das temáticas do amor e do desconcerto do mundo. O poeta se preocupa em mostrar as aflições humanas e expressar a incompreensão a respeito do próprio tempo. A linguagem apresenta metáforas, paradoxos, antíteses, hipérboles e comparações.

Sobre Luís de Camões

Luís Vaz de Camões (Lisboa[?] 1524 – Lisboa, 10 de junho de 1580) é o maior poeta da Língua Portuguesa. Camões partiu da arte clássica renascentista, mas conseguiu transcender escolas artísticas. O poeta também foi soldado e perdeu um olho em batalha. Escreveu ‘Os Lusíadas’, a sua obra-prima , dois anos após o retorno do poeta a seu país natal. A obra foi publicada em 1572.

Camões também escreveu peças de teatro e mais de duas centenas de sonetos. No entanto, o sua grande trabalho não trouxe a merecida fama em vida.

 

CRONOGRAMA 2ª TEMPORADA MARCA TEXTO 2021

Estreia 29/06 – Cecília Meireles – Romanceiro da Inconfidência

06/07 – Guimarães Rosa – Campo Geral

13/07 – Bernardo Carvalho  – Nove Noites

20/07 – Racionais Mc’s  – Sobrevivendo no Inferno

27/07 – Luís de Camões – Sonetos escolhidos

03/08 –  Fernando Pessoa – O Marinheiro

10/08 – Júlia Lopes de Almeida  – A Falência

17/08 – Raul Pompeia – O Ateneu

Na primeira temporada, o Marca Texto trabalhou os livros cobrados na Fuvest 2020. Cada obra tem um episódio específico, dividido em blocos de resumo, interpretação, contexto histórico e análise de personagem.

CONFIRA E OUÇA OS EPISÓDIOS DA PRIMEIRA TEMPORADA:

Aluísio Azevedo – O Cortiço

João Guimarães Rosa – Sagarana

Eça de Queirós – A Relíquia

Gregório de Matos – Poemas Escolhidos

Helena Morley – Minha Vida de Menina

Pepetela – Mayombe

Graciliano Ramos – Angústia

Carlos Drummond de Andrade – Claro Enigma

Machado de Assis – Quincas Borba

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