Gays estudam mais que heterossexuais, sugere pesquisa do Ministério da Saúde
Estudo também indica que eles sofrem menos preconceito na escola que no trabalho
da redação
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Uma pesquisa do Ministério da Saúde com homens que fazem sexo com homens sugere que eles estudam mais que a média da população masculina: mais da metade (52,2%) afirmou ter 11 anos ou mais de estudo, escolaridade atingida só por 25,4% dos homens em geral.
O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (17) e ouviu, em 10 cidades brasileiras, 3 061 homens que afirmaram manter relações sexuais com outros homens. Os entrevistados tinham entre 15 e 64 anos.
Os dados também sugerem que o trabalho seja mais hostil que a escola: 28,1% dos entrevistados afirmaram já ter sofrido discriminação na escola ou na faculdade, índice que chega a 51,3% no trabalho. No geral, 29,6% dos entrevistados afirmou já ter sofrido discriminação, 44,5% disseram ter sido xingados e 12,4% sofreram agressão física.
DESCUIDO
A pesquisa acende um sinal de alerta no Ministério da Saúde em relação aos mais jovens:
78,9% dos entrevistados de 25 a 64 anos afirma ter usado preservativo na primeira relação sexual, índice que cai para 53,9% entre os homens que fazem sexo com homens de 15 a 24 anos.
O uso de camisinha com parceiro fixo é também menor entre os jovens gays (29,3%) que entre os jovens em geral (34,6%). Na faixa etária de 13 a 19 anos, entre os meninos, há mais casos de Aids por transmissão homossexual (33,5%) do que heterossexual (28,3% ).
O Ministério da Saúde tem sinalizado que vai intensificar a ação com o Ministério da Educação para distribuição de preservativos e informações nas escolas brasileiras. Dentre os entrevistados que receberam camisinha gratuitamente, 66% conseguiram o material em postos de saúde, 10,7% em ONGs e 9,9% na escola.
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